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Confira como foi a Semana Santa no Santuário em 2023

Se em 2022 a Semana Santa foi marcada pela volta das procissões, após dois anos consecutivos sem presença física do Povo de Deus nas igrejas, devido à pandemia da Covid-19, neste ano de 2023, a novidade no Santuário São Judas Tadeu (Jabaquara, São Paulo-SP) foi a volta da apresentação teatral da Paixão de Cristo, produzida pelo Ministério de Artes Vivarte, que na Sexta-feira Santa (07/04) após a celebração da Paixão, apresentou-se na igreja nova, como tradicionalmente fazia, antes da pandemia. E outra novidade neste ano foi a realização das Caminhadas Penitenciais, às 6h30, toda sexta-feira da Quaresma, antes da celebração das 7h na igreja antiga.

Semana Santa no Santuário São Judas Tadeu

No primeiro dia da Semana Santa, Domingo de Ramos (02/04), às 9h30, a assembleia reuniu-se na igreja nova para a bênção dos ramos e seguiu-se a procissão, que percorreu algumas ruas em torno do Santuário e voltou à igreja nova, dando início à celebração da Missa das 10h (transmitida pela WebTV).

Seguiram-se de Segunda a Quarta-feira Santas (03 a 05/04), as celebrações noturnas (às 19h30) com as pregações sobre Nosso Senhor dos Passos (03/04) presidida pelo Pe. Guilherme César Silva Rocha, scj; sobre Nossa Senhora das Dores (04/04) presidida pelo Pe. Flávio Aparecido Alves, scj e sobre o encontro de Nossa Senhora das Dores com Nosso Senhor dos Passos (05/04) presidida pelo Pe. Cleiton Guimarães dos Santos, scj. Ocorreram Vias-sacras na igreja antiga, na Quinta-feira Santa e na Sexta-feira Santa às 7h, 9h, 12h, 15h e 17h.

As celebrações do Tríduo Pascal foram presididas pelo Pároco e Reitor do Santuário, o Pe. Daniel Aparecido de Campos, scj, a saber: a celebração da Quinta-feira com a “Ceia do Senhor, Lava-pés, mandamento do amor, instituição do sacerdócio e da Eucaristia” em 06/04, a ação litúrgica da “Paixão de Cristo” na Sexta-feira Santa em 07/04, a “Vigília Pascal” no Sábado Santo em 08/04, e a Missa da “Páscoa no Domingo da Ressurreição do Senhor” no dia 09/04, às 8h30.

Uma procissão repleta de fiéis foi a da Sexta-feira Santa, que ocorreu após a apresentação teatral da Paixão de Cristo, realizada pelo Ministério de Artes Vivarte. A Procissão da Ressurreição, no Domingo de Páscoa, ocorreu dentro da própria igreja nova, às 6h30, e seguiu-se a primeira missa do dia às 7h.

Nas Comunidades eclesiais de base ligadas ao Santuário São Judas Tadeu também foram celebradas as Santas Missas, na Quinta-feira Santa na Comunidade Imaculado Coração de Maria e no Sábado Santo na Comunidade Anchieta, presididas pelo Pe. Aloísio Knob, scj.
Confira online as principais celebrações desta Semana Santa no canal do Santuário no YouTube: @SantuarioSaoJudasTadeu e no Facebook: @santuariosaojudastadeusp.

Meditações Quaresmais
Para os 5 Domingos da Quaresma de 2023, foram preparados 5 vídeos com Meditações Quaresmais, gravadas pelo Pe. Eli Lobato dos Santos, scj, Superior Provincial da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus da Província BSP. Veiculados pelo YouTube do Santuário São Judas Tadeu. Confira aqui.

Central Semana Santa: “Além do sofrimento!”
A Central Semana Santa foi produzida pelo Departamento de Comunicação e Marketing do Santuário São Judas Tadeu, pelo segundo ano consecutivo no período da Semana Santa, no estúdio Pe. Oscar Longen, scj do Santuário. Com a duração de 1 hora – das 11h às 12h – no período do dia 02 a 09 de abril, com um entrevistado a cada episódio, conduzidos pelo Pe. Said Mamud, scj. Os convidados falaram sobre cada dia da Semana Santa, acerca do tema geral: “Além do sofrimento” e um desdobramento a cada dia. Além disso, com o patrocínio do Café São Judas, havia dentro de cada programa um quadro chamado “Explicafé” em que o Frater Lislay Maia Moraes respondia como num diálogo com a comunicadora Inês Teixeira, uma questão sobre a fé e a Semana Santa, de maneira leve e descontraída.

No Domingo de Ramos (02/04), abrindo a Semana Santa, o entrevistado da Central Semana Santa 2023 foi o Pe. Eli Lobato dos Santos, scj que falou sobre o “Projeto de Deus”. Na Segunda-feira Santa (03/04), o tema foi “Jesus, nosso Cirineu” e a entrevistada foi a colaboradora da Secretaria do Santuário, Fernanda Buniotto Cardoso, que deu um belo testemunho sobre a cura de uma enfermidade.

Na Terça-feira Santa (04/04), a Irmã Penha da Cruz, IPMMI, falou sobre “Maria, mulher da Esperança”. Na Quarta-feira Santa (05/04), o tema “Família, alicerce da esperança” foi testemunhado por um casal de agentes de pastoral com mais de 40 anos de Santuário, o sr. José e a sra. Vicentina Martins Fernandes. Na Quinta-feira Santa (06/04), o Pe. Júlio César da Costa, scj falou sobre a “Eucaristia, força no sofrimento”.

Na Sexta-feira Santa (07/04), a psicóloga Tatiana Bento Ourives falou sobre o questionamento “Há sentido no sofrimento?” abordando como Cristo suportou o sofrimento, a partir de um projeto de amor a Deus. No Sábado Santo (08/04), o Pe. Igor Jerônimo Pereira, scj refletiu sobre o “Silêncio de Deus”. No Domingo de Páscoa (09/04), encerrou a série de episódios da Central Semana Santa deste ano, o episódio com o Pe. Said e a participação do Frater Lislay e Inês Teixeira juntos no estúdio, com o tema da “Ressurreição: para além do sofrimento.” Você ainda poderá acompanhar todos os episódios no Youtube: @SantuarioSaoJudasTadeu.


TRÍDUO PASCAL

 

06 de abril de 2023 – Missa Vespertina da Ceia do Senhor (Lava-pés) às 19h30

Evangelho: Jo 13,1-15 – Em sua homilia, o presidente da celebração, o Pároco e Reitor do Santuário São Judas Tadeu, o Pe. Daniel Aparecido de Campos, scj iniciou dizendo que este é um momento forte da liturgia porque “somos convidados a entender a grandiosidade do Projeto de Deus e o Seu amor pelas criaturas a ponto de tornar a humanidade eterna, soprando sobre nós o Seu Espírito. Mas precisamos nos envolver nesse mistério e por isso a comunhão é nosso grande desafio e a desunião o nosso fracasso.” Segue o Pe. Daniel a sua reflexão:

HOMILIA

“É na comunhão que fortalecemos e crescemos em nossa vida espiritual, alcançando patamares elevados porque fomos criados para sermos seres sobrenaturais. Jesus expressa essa comunhão na Ceia. Na mesa a gente vê a qualidade do nosso comprometimento. Percebemos que à mesa nossos instintos precisam ser controlados, para não faltar alimento ao outro. Um país com tanta produção ainda há fome. Somos capazes de desperdiçar alimento, tanto ricos quanto pobres. Comprometimento com o projeto de Deus, e Jesus mostra que no ambiente da refeição, há muitos ensinamentos.  Vivemos em ambiente de solidão quando não somos capazes de compartilhar. A comunhão se expressa também na comunidade. Nossa riqueza está no fato de nos colocar no lugar do outro, trazendo capacidade de compartilhar o que se tem.

É mesquinhez achar que vai faltar. Que bom seria o mundo, se os cristãos não se omitissem! Somos portadores da mensagem de esperança, que vence a morte, mas para isso temos que experimentar por dentro. A comunhão é colocada para fortalecermos o espírito: na missa, com consciência tranquila. Comunhão também é estar a serviço, como no sacerdócio. O que devo fazer, o que devo falar? É ele que fala na consciência, pensamento, em nossa história. A memória é a vida que existe por dentro. “Fazei isso em minha memória”, disse Jesus na Última Ceia. Mais profundo que lembrança. Fizemos o Memorial do Jubileu, para revisitar a vida dentro de nós. A morte não destrói a vida dentro de nós. Não importa o que vamos comer, mas estarmos juntos a serviço do Reino.

A experiência de modo particular deve ser compartilhada. Estamos no mundo para santificá-lo. É nossa missão porque somos luz.  Viver no respeito, porque sem ele não há amor. E sem respeito não há comunhão e serviço. Somos criados para a eternidade e não para o tempo. O sacerdócio batismal existe para santificar o mundo lá fora e nosso país precisa do levante do amor, do respeito, doação, entrega, valorizar aquilo que vem de Deus. Não devemos tirar Deus de nossa vida, muito menos de nossa pátria. Se a vida não tiver um sentido depois, não tem sentido. Sem serviço não há fraternidade. E na missa, viemos fortalecer o nosso espírito, para servir, com convicção, que brota de dentro. Estejamos atentos ao que o Senhor fala. No lava-pés, Jesus mostra que estamos a serviço.

Uma vela se não for acesa é só um pedaço de cera. O cristão tem que se mostrar atento, ser luz, numa atitude de serviço. Saiu hoje o alvará da Prefeitura para podermos funcionar. E aqui cada um coloca o seu tijolinho, se coloca a serviço para servir. A maior riqueza do Santuário está na presença de todos. Os dehonianos servem neste Santuário, atendemos muitas confissões, e essa é nossa missão. Ser sinal da presença de Deus em São Paulo, nessa casa de devoção, há 83 anos e 25 enquanto Santuário.

A Paróquia toma posse de mim e vamos construindo juntos. Vamos acompanhar o momento em que vou lavar os pés de 12 pessoas e somos gratos porque essas pessoas nesses 25 anos participam, estão inseridas aqui, coordenadoras de algumas Pastorais e Movimentos, ajudam a construir esse Santuário. Somos gratos por todas as pessoas que fazem parte. O Santuário é construído por várias mãos, a serviço do Reino, neste lugar para experimentar Deus. Vamos melhorando para o Reino, para experimentar Jesus e o levarmos para que o Reino possa se espalhar.” Seguiu-se o momento do Lava-pés na celebração.

07 de abril de 2023 – Solene Ação Litúrgica (Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor) às 15h

Na reflexão da Sexta-feira Santa, em 07 de abril de 2023, o Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj disse que: “Hoje, há negligência em não cuidar da vida espiritual.” E continuou: “A vida é muito mais do que isso que compreendemos como vida temporal. O sofrimento só tem sentido se vivido diante de algo sobrenatural. Não faz sentido quando não dá condições de perceber que a vida é muito mais do que a degradação da matéria. Quando olhamos o que parecia infinito vai tornando-se finito, como a beleza, a juventude… Com o tempo há desgaste até do paladar, não sentimos mais gosto na comida.

HOMILIA

Uma pessoa nos escreveu que a Igreja deveria repensar em expor as suas imagens que expressam sofrimento. Isso nos faz pensar na vida de fantasia que é construída hoje, em nossa sociedade. Há a inteligência artificial, cujos estudos apontam para o perigo de viciar o ser humano na ilusão. O excesso da vida virtual com a perda do contato com o real.

A ilusão vem de fora. O que é concreto, existente, vem de dentro. O verdadeiro sentido do sofrimento santifica a humanidade por dentro. Jesus experimenta tudo o que é humano, menos o pecado. Inclusive a dor e o sofrimento. Lendo notícias tristes, nos colocamos no lugar do outro. Cuidado para não viver uma vida de ilusão, fora da realidade.

É preciso que nos preparemos para a eternidade! Construindo, formando o nosso interior, dando conteúdo ao nosso espírito.

Você entrega o seu interior a quem? A quê? A nossa maior riqueza é a interioridade que construímos e essa construção é feita com o sofrimento. Jesus passou por isso. Passou pelo sofrimento e também pela dor de ser traído, como nós. A voz de Deus fala na consciência e a dificuldade de dizermos não a nós mesmos faz com que a gente se perca. A nossa fragilidade humana só é entendida e faz nos voltar para dentro, diante do sofrimento e da morte de Cristo.

O sofrimento só tem sentido se nos libertar de nossas ilusões. Principalmente da ilusão de que não vamos passar, como tudo passa. Ou nos preparamos para a comunhão ou viveremos na solidão. Não se para o tempo! O Criador assume o papel da criatura para fazer o caminho da plenitude.

Nosso maior crime é negar ao outro aquilo que a gente experimentou de Deus; é ser egoísta, exaltar o “eu”. O “eu” leva-nos ao inferno e o “nosso” leva-nos para o Céu. Prestemos atenção para direcionar a vida para o projeto de Deus.

A grande missão do cristão é viver em oração, não a que aliena, mas a oração que emana da sua intimidade com Deus. A que prescruta todos os cômodos do seu interior. O dia de hoje só tem sentido por causa do Sábado Santo e o Domingo da Ressurreição. Por isso o cristão não tem medo da morte, tendo Cristo como luz.

No dia de hoje nós rezamos por todos, pelos que fazem e pelos que não fazem o bem. Quando recentemente as portas do nosso Santuário sofreram vandalismo, alguém escreveu na internet: “Jesus diria: perdoa Pai, porque ele não sabe o que faz”. Pois se a gente não entrar na lógica de Jesus, mas da violência, o Brasil está perdido. A morte não é o fim. A dor só tem sentido na esperança. E nossa esperança está sendo renovada na cruz de Cristo.”  Seguiu-se a Encenação da Paixão de Cristo realizada pelo Vivarte, grupo jovem de teatro evangelizador do Santuário São Judas Tadeu.

08 de abril de 2023 – Sábado Santo – Solene Vigília Pascal da Ressurreição do Senhor, às 19h30

Após as 7 primeiras leituras do Antigo Testamento, o Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj, Pároco e Reitor do Santuário São Judas Tadeu, disse: “Na certeza de que nossa vida se projeta para a eternidade, glorifiquemos a Deus, cantando!” e em seguida alguns membros da comunidade entraram pelo corredor central da igreja nova, trazendo arranjos de flores e o belo andor com a imagem de Cristo Ressuscitado, todo ornamentado com flores brancas. Seguiu-se a 8ª leitura do dia: a Carta de São Paulo aos Romanos 6,3-11, e depois o “Aleluia” com o Salmo 117 (118) e finalmente o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 28,1-10, proclamado pelo Diácono Renato Vieira Lima,scj.

HOMILIA

O presidente da celebração, Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj realizou sua reflexão na homilia, dizendo: “Somos portadores de uma alegria, não de uma felicidade, que é muito pobre para nós. A felicidade remete a coisas passageiras e a alegria remete a coisas eternas. A alegria nós vivemos por dentro. Somos felizes no tempo, pois expressamos a alegria no espírito. A humanidade encontra sentido para a sua existência. A morte não é mais o fim. Temos uma luz e essa luz é Jesus. Temos uma luz para iluminar, para conduzir. Então, não somos portadores do desespero, mas da esperança. A morte não é mais o fim, mas só uma passagem, uma situação que vivemos para tornar pleno aquilo que construímos durante a vida. A nossa alegria está no fato de que nosso interior é restaurado na plenitude, não mais na finitude. Somos seres plenos, por isso dotados de algo bom. E ao perceber todo o relato da Criação, identificamos a riqueza da presença humana. Tudo foi criado e nos foi dado para poder encontrar Deus.

O ser humano clama por um sentido para sua vida, por uma direção. É claro, que por causa do pecado a gente se perde, se engana, desvia, se distancia, se equivoca. Enquanto tem vida, tem chance, oportunidade de colocar-se na direção de Cristo Ressuscitado. Somos luz! Essa é a celebração da luz. Garantimos que o mundo não está nas trevas. Existe condições para que a salvação aconteça. Somos portadores do Evangelho. Você é luz! Não importa onde estivermos, o que fazemos.

Nossa riqueza é sermos luz, sem medo da escuridão. Quem é da escuridão é que tem medo da luz. Nossa alegria é sermos luz. Nem a morte, doença, tristeza, angústias, nem a violência nem a fome podem tirar a certeza da plenitude que nos espera após a morte. A certeza da vida eterna nos impulsiona. Somos portadores de uma mensagem de esperança. Somos filhos de Deus. Possuímos espírito e nosso espírito clama pela plenitude. Nessa noite santa, Cristo venceu a morte. Para nossa sorte, a morte não é o fim, só o momento que nascemos para a eternidade. Para nós o cemitério é só o berçário da eternidade. Nos primórdios do cristianismo, os cristãos não tinham medo de se esconder nas catacumbas.

Não tinham medo de celebrar, porque morte só destrói o que está por fora. É a alegria, e não a morte. A certeza da vida eterna nos impulsiona. Não é o tempo. Pobre daquele que é incapaz de experimentar por dentro a grandiosidade deixada por Jesus Cristo! Somos portadores dessa luz que o mundo tanto precisa. Não tenha medo, vergonha. Não se omita, pois se enfraquece. A maior tristeza do cristão é não ser luz de Cristo. Porque nosso espírito não foi criado para a tristeza, mas sim para a alegria.

A alegria do Evangelho impulsiona a nossa vida. Fazemos tudo por ele, para ele e com ele. Com isso vencemos as fragilidades do tempo: as dores da idade, a perda da juventude, os medos da velhice. Em Cristo ganhamos segurança, ganhamos a alegria da luz, da plenitude. Toda a liturgia nos leva a fazer memória, muito mais que lembrança, fatos do passado. Memória é vida eterna dentro de nós. Somos seres espirituais, somos luz. Por isso nessa Celebração da Luz, saiba onde deve ser luz e o mundo se torna diferente com a presença de Cristo. Nós acreditamos que Deus amou tanto o mundo que nos enviou seu Filho e fazer da nossa humanidade um caminho para a eternidade. O caminho está pronto. Devemos caminhar. Quando chegar ao final do caminho, o cristão não encontrará uma placa levando a lugar nenhum, porque Cristo disse que para onde iria haveria muitas moradas. E com certeza haverá uma reservada para você.

O que a gente precisa na vida é preparar nosso coração, trabalhar a nossa humanidade, para que na fraternidade, tenhamos a capacidade de viver, experimentar a presença de Deus. Não importa onde estiver, onde há um cristão, há luz. E somente na luz a gente vai vencer a violência e todo mal. Em Cristo Jesus somente nele, para ele e com ele. Com Cristo, por Cristo e em Cristo, nossa vida ganha sentido. Hoje é noite santa, especial, pois temos a certeza que nossa vida não acaba na morte, mas se plenifica, se torna eterna. É isso que falta no mundo, cada vez mais, luzes, faróis, pontos de referência. Diante de todo desespero que o mundo vive, temos a mensagem de esperança. Todo trajeto foi preparado para este momento, em que o povo escolhido venceu a escravidão e hoje é o momento do ego, do “meu”, da ausência de Deus. Devemos tomar cuidado, pois o mundo vai se distanciando de Deus.

Cada vez mais se diz, mostra e reforça o “eu’. O cristão vive no amor, na esperança. Podem destruir o templo, quebrar os vidros, podem destruir tudo, mas não conseguem destruir o interior. Aquilo que você experimenta ninguém rouba de você, a traça não corrói, não apodrece ou desaparece: é pleno. Que saibamos então valorizar este momento com plenitude. A morte não é o fim, mas momento em que nascemos para a eternidade. Temos a luz, que é Jesus! Ao entrar na igreja, o cristão vai olhar para o Círio Pascal e não vai ver apenas uma vela bonita, vai além, verá o sinal do Cristo Ressuscitado que deve levar para o mundo.

Quem é da luz não tem medo da escuridão e leva a luz a todos os cantos, experimentando o amor e a graça de Deus. Ele nos conduz. Na certeza de que gastamos cada segundo, da nossa existência na construção da eternidade, sinta-se feliz, porque o momento nos leva à felicidade. A alegria é por dentro. O espírito cada vez mais vai se configurar à luz de Cristo! Onde existe um cristão, existe a luz da Ressurreição, da plenitude, da vida eterna” finalizou o Pe. Daniel.

09 de abril de 2023 – Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor às 8h30

A celebração das 8h30 foi transmitida pela TV Gazeta. Evangelho de João 20,1-9. O presidente da celebração, Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj, Pároco e Reitor do Santuário São Judas Tadeu, inicia a homilia deste Domingo de Páscoa dizendo que este é o dia mais importante da nossa vida, hoje é o dia mais importante da nossa fé. Porque tudo aquilo que nos move, tem a sua base naquilo que celebramos hoje. A morte não é mais o fim, só o momento do nosso nascimento para a eternidade. Quem nos garante isso é Cristo, que venceu a morte. Feliz daquele que acredita! Porque experimenta a alegria que brota do coração, na certeza de que somos criados para algo mais do que simplesmente a vida terrena.

HOMILIA

Somos criados para a vida eterna, não para a vida temporal, que é uma circunstância que temos que viver para preparar o nosso espírito para a eternidade. Cristo é o caminho. Cristo é a luz. Por isso lembramos, toda vez que olhamos para a frente, para o Círio Pascal, ele nos lembra que Cristo é a nossa luz. E você vai levar essa luz onde vive, trabalha, caminha.

Não importa onde você esteja, se ali tem um cristão, há um caminho para a plenitude. Faz brotar de dentro aquilo que é essencial, porque experimenta. A alegria brota do coração daquele com gosto de quem experimenta a ressurreição. A morte não é o fim. O cristão não tem medo da morte porque vivemos vida. Experimentamos por dentro, não só acumulamos por fora; o cristão é portador da mensagem de esperança e luz, cerne da nossa fé. O Cristo faz desta criatura um ser eterno, recupera-nos por dentro. Faz da nossa humanidade um caminho para a eternidade. O que nos espera é muito mais do que temos, com prazo de validade. O que nos espera é eterno. Na ternura de Cristo experimentamos o amor verdadeiro. Deus o ama! Porque você é uma criatura especial, tem espírito, interioridade. À medida que você pensa, acessa a sua consciência, toca a presença de Deus. Daí as coisas de fora vão passar, a vida vai passando, e vamos preparando o espírito para o essencial. Essa celebração é o ápice, pois o que nos espera é a ressurreição. Para nós cristãos o cemitério é berçário da eternidade. Estamos gestando o espírito, fortalecendo a fé que vivemos. Cristão não tem medo da pobreza, violência, sofrimento, do que fica no tempo, tem medo de não colocar sua vida no Cristo. Quem é da luz não tem medo da escuridão. Cristo nos impulsiona para mudança, com vida nova. Tudo o que foi vivenciado na Quaresma, como penitência, faz de você uma pessoa nova. Ficou para trás, joga fora. Você é uma pessoa nova, em Cristo nós temos vida nova, em Cristo nossa fé nos fortalece, em Cristo a morte não tem mais força.

Em Cristo, ganhamos a plenitude, em Cristo a vida é nova. Viva Cristo ressuscitado, Viva Cristo, viva o centro de nossa vida! Devemos olhar para ele, Ressuscitado, que aponta para o Céu, para a plenitude. A vida continua e nós temos uma referência, que é Cristo. Cada domingo lembre que esse é o domingo maior, da plenitude. Você vai continuar sua vida, mais na certeza que algo melhor o espera. Que no final você pense: “por ele vivi, por ele morro”, pois tem algo melhor para mim na eternidade.

09 de abril de 2023 – Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor às 10h

O presidente da celebração das 10h, Pe. Cleiton Guimarães,scj após proclamar o Evangelho que anuncia a Ressurreição de Cristo, inicia a sua homilia dizendo: “Nessa grande alegria do Domingo da Ressurreição de Nosso Senhor, Cristo Ressuscitou e nos traz uma grande esperança.

HOMILIA

Os discípulos, a comunidade dos cristãos está reunida para viver esse tempo de graça, que é o próprio Cristo Jesus. Eles se tornam uma comunidade em Cristo quando aderem verdadeiramente à experiência em Jesus Cristo, que é nossa fonte de graça e esperança. E é nesse entusiasmo, nessa grande alegria do Cristo Ressuscitado que nós caminhamos. Iniciamos nossa caminhada no Domingo de Ramos, quando Jesus entrando em Jerusalém é aclamado “Hosana ao Filho de Davi”, hosana ao que vem, para nos trazer uma alegria e esperança. E essa esperança que precisamos sentir em nosso coração.

A alegria e o entusiasmo de tudo aquilo que nós vimos durante a semana, o sofrimento de Jesus, nós rezamos a via-sacra, fizemos as meditações, participamos do Tríduo Pascal, estamos no ápice dessa celebração, deste tempo de graça, que é a Ressurreição de Nosso Senhor. O Cristo que ressuscita e nos traz força e esperança (…). O Cristo é nosso alimento na Eucaristia, fonte de graça para cada um de nós. É ele que está no meio de nós! (…) Ele abre para nós as portas do Céu, mas nós precisamos abrir o nosso coração. Como está o nosso coração, como vamos viver este dia da Ressurreição no nosso dia a dia? É o senhor que prepara este tempo para nós, que devemos ser pessoas entusiasmadas em Cristo. E a grande beleza do Evangelho, da atitude de ir até o túmulo, somos catequisados, mas tem os que ainda não sabem. Ela avisa os outros para que façam a experiência. Quem são os corajosos aqui? Se vier todo mundo, vai ter presente. Venham as crianças aqui na frente!

Pe. Cleiton fala agora, olhando para as crianças: “Jesus morreu na Cruz, ressuscitou no… terceiro dia. Com a Ressurreição, quem vai até o túmulo? Maria Madalena. E quem são os 2 discípulos? Pedro e João. Tem Pedro algum aqui, entre as crianças? Correram ao encontro do túmulo… E o que aconteceu? Pedro ficou cansado e João chegou primeiro e teve medo. Pedro chega e entra no túmulo, confirma que Jesus não está lá. Sabemos que ressuscitou, mas têm dúvida. Não precisamos ter medo de acolher Jesus em nossa vida!” O Padre chama João e Pedro (crianças) presentes.

Então, o Pe. Cleiton continua sua reflexão:

“Domingo que vem celebramos Domingo da Misericórdia, o Cordeiro Imolado está no meio de nós. Jesus está no meio de nós! Nós não podemos ter medo porque Jesus está no meio de nós, caminha conosco se vivemos este tempo de graça. Hoje é dia de graça e alegria. Sabemos das nossas dores e sofrimentos, mas o Cristo Ressuscitado é a nossa esperança.

Vamos abrir caminho e fazer uma pequena procissão na igreja, ele (o Cristo) tem que caminhar com as crianças, as famílias. Já vivemos um mundo triste, dividido… Mas o cristão precisa ter esperança. Nada vai abalar ao que crê e confia na graça do Senhor! Abram caminho. Criançada fique de pé. Todas as crianças vão seguir essa procissão!

Tem Maria entre as crianças aqui? Tem! Venham aqui, Maria, Pedro e João. Vamos caminhar com as crianças e o Ressuscitado. Ele está no meio de nós! Cantando bem bonito!”  (Canção: Deus enviou seu Filho amado…).

Segue-se a procissão pelos corredores no interior da igreja nova, no meio da assembleia, com o andor do Cristo Ressuscitado à frente, os ministros, crianças com alguns dos seus pais e o Pe. Cleiton, que ao encerrar esse momento, gritou com entusiasmo: “Viva Jesus Cristo! Viva o Cristo Ressuscitado! (2 vezes).”

E seguiu-se um instante de silêncio, e o pedido do Pe. Cleiton: “Para que o Cristo Ressuscitado derrame suas graças sobre cada um, e ele seja a sua fonte de amor.” Seguiu-se a profissão da fé e o restante da Santa Missa. No final, o Pe. Cleiton chamou novamente as crianças presentes e lhes entregou chocolates.

A imagem de Cristo Ressuscitado, ornamentada com flores, permanecerá na igreja nova ao longo de toda a oitava da Páscoa.

Priscila Thomé Nuzzi, jornalista da Paróquia/Santuário São Judas Tadeu.

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