A solenidade de Corpus Christi em 2020
A celebração de Corpus Christi neste ano, assim como a maior parte dos eventos que reúne grande número de pessoas, foi diferente, em virtude da pandemia do novo coronavírus.
Na Paróquia/Santuário São Judas Tadeu, no dia 11 de Junho, dia de Corpus Christi, houve Adoração ao Santíssimo Sacramento, na igreja antiga, das 14h às 15h.
Já a celebração solene de Corpus Christi foi adiada para o domingo seguinte, dia 14 de Junho, com uma Missa solene às 10h, transmitida pelo Youtube do Santuário: www.youtube.com/santuariosaojudastadeu e WebRádio: www.webradiosaojudastadeu.com.
Além da transmissão online, pela primeira vez, após 3 meses da pandemia, a celebração teve a presença de fiéis, inscritos anteriormente pelo site do Santuário. Tudo foi organizado pelo departamento de comunicação, a administração e Secretaria Paroquial do Santuário, com acolhimento de um número limitado de participantes, com bancos marcados com locais seguindo o distanciamento entre os ocupantes, obrigatório uso de máscaras e cuidados com álcool gel na entrada, horários de chegada diferenciados para evitar aglomeração.
A celebração foi presidida pelo Pe. Eli Lobato dos Santos,scj, Pároco e Reitor do Santuário São Judas Tadeu e concelebrada pelo Pe. Daniel Ap. de Campos,scj, Erick Max Humberto,scj, Bala Jojappa Kakumanu,scj e Reginaldo Souza,scj.
No início da celebração, Pe. Eli falou sobre a ação de graças desse dia, pelo dom do Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, inestimável dom, rezando também pelas famílias da Paróquia, pelas famílias devotas de São Judas Tadeu.
Na homilia, disse que essa era a primeira vez no tempo da pandemia, em que a missa é celebrada com um certo número de pessoas, com uso de máscaras, distanciamento e higiene das mãos. Início da participação do povo com todos os cuidados necessários, segundo orientação das autoridades da saúde. Orientou para que no momento da comunhão, ela fosse recebida nas mãos. Esse é o início da retomada, após 90 dias celebrando sem presença do povo.
Prosseguindo a homilia, Pe. Eli diz que é significativa a primeira leitura, pois Deus escolhe um povo, fazendo dele o seu povo. Hoje, pertencem a Deus todas as pessoas que aceitam, aderem a Cristo, pessoas de qualquer nação e etnia. Jesus se compadece, sente compaixão do povo que se parecia com ovelhas sem pastor. Quando perdemos o rumo da vida, nos sentimos assim, girando de um lado para outro, nos sentindo cansados e abatidos. Todos nós passamos por essa experiência nos últimos meses.
A fé, confiando, mesmo no escuro, é necessária. Continuar à luz da fé, como teimosa semente brotando em terreno árido. O mandato missionário que Jesus dá aos 12, no evangelho: vocês devem ir e com tarefas a executar: anunciar que o Reino dos Céus está próximo. As sementes do Reino estão no meio de Vós: os Sacramentos, a Palavra, a oração, a prática da caridade. Nossa missão primeira é o testemunho, mostrar as sementes do Reino e fazer com que se desenvolvam. As pessoas que trabalham em hospitais, com a limpeza, motoristas, coveiros… com o espírito fraterno, praticam as sementes do Reino, muito, hoje. Seria bom se multiplicassem!
Os que governam infelizmente dão contra-testemunho, com sementes do anti-reino. A missão também é curar os doentes: com afeto, o cuidado, que também curam, fazem muito bem. Podemos, de diversas formas, conforme nossas possibilidades, fazer isso. Quanto à lepra: são os pecados que vão entrando em nós e não nos damos conta, vão nos desviando ds coisas de Deus, pouco a pouco, doença silenciosa. É preciso orientar, encaminhar as pessoas ao caminho do bem. Não é fácil, mas necessário.
Agradeçamos a Deus o dom do Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo e digamos a ele: Senhor, pode contar comigo, apesar de às vezes eu ser uma ovelha cansada e abatida, eu confio em Vós, eu quero fazer o bem à medida do possível”.
Após a comunhão e orações finais, houve a Exposição do Santíssimo Sacramento, uns instantes de adoração silenciosa, o canto puxado pelo Pe. Eli: “Cantar a beleza da vida”, e uma pequena procissão com o Santíssimo, nos corredores, dentro da própria igreja nova. Pe. Eli encerrou cantando “Tão sublime”, e dando a bênção com o Santíssimo ao povo presente.
Priscila Thomé Nuzzi
Fotos: Marisa Deslandes