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Voto não tem preço, mas tem consequências

Para emitir um voto mais consciente e responsável nas próximas eleições, segundo a Cartilha de Orientação Política/2022 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), apresentamos alguns critérios muito válidos para conhecer e avaliar os candidatos a cargos públicos, que, possivelmente, mereçam nossa confiança expressa pelo voto.

CRITÉRIOS

Para auxiliar os eleitores no discernimento e escolha de candidatos, seguem algumas orientações e critérios:

Foto: Arquivo SSJT

• Avalie-se  a moralidade do candidato: confira seu histórico pessoal, sua atuação no passado e no presente, conheça suas ideias, projetos e propostas, a que partido pertence. E se eleito for, procure acompanhar e fiscalizar sua atuação política, cobrar as promessas e conferir os resultados…

• Avalie-se sua postura em relação à defesa da vida: em todas as suas fases, desde a concepção até a morte natural cabe preservá-la e dar-lhe a melhor qualidade e dignidade. Portanto, não merece nosso voto quem é a favor do aborto, da eutanásia e da dependência química (que é um “suicídio lento!”). Evite-se quem apoia a liberação de drogas…

• Avalie-se de que forma o candidato promove a defesa da família: a família é santuário de vida,paz e amor, é célula viva da sociedade. O casal é constituído por um homem e uma mulher, que se prolongam nos filhos que nascem, conforme o plano de Deus. Por isso, desclassifica-se o candidato a favor do casamento de homossexuais e da adoção de crianças por casais homoafetivos.

• Avalie-se sua postura em relação à liberdade de educação religiosa:com a valorização da Escola Pública e da Escola Particular e apoio total ao ensino religioso pluriconfessional, tal como consta no “Acordo” assinado entre o Brasil e Vaticano (entre o ex-presidente Lula e o Papa Bento XVI). Convém pleitear a manutenção dos símbolos religiosos (crucifixos e imagens de santos) nas escolas, hospitais, repartições públicas…

• Avalie-se como o candidato pretende conduzir a promoção da solidariedade: deve dedicar atenção especial, prática e concreta aos menos favorecidos, fragilizados e carentes, aos que não participam do banquete da vida, nem têm vez nem voz na sociedade (excluídos). Que não haja interferência do “poder central” nas iniciativas “particulares” de educação e assistência social com creches, asilos, hospitais, escolas, colégios, universidades…mas, “subsidiariedade” para construir a cultura da vida.

• Avalie-se a competência do candidato: para ser líder político e administrar honestamente os recursos públicos, sem estar envolvido em corrupções ou integrar grupos duvidosos…


BAIXAR PDF CARTILHA DE ORIENTAÇÃO POLÍTICA 2022 DA CNBB


Ser cristão e ser cidadão são duas realidades inseparáveis. Provavelmente já ouvimos falar em “bancada ruralista,” “bancada evangélica”…no Congresso Nacional. São grupos liderados por um parlamentar, que votam unidos em defesa dos interesses do grupo.Para nós,não há “bancada católica,”mas “Frente Parlamentar Católica,” oficial e reconhecida, que  vota livremente, e com proximidade e diálogo com a CNBB; são cristãos católicos que atuam na política e tomam  suas decisões, fiéis aos valores do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja. Cabe esclarecer que não falam em nome da Igreja,nem representam a Igreja. Apenas agem fiéis à sua convicção cristã.

O regime político vigente no Brasil é a democracia, isto é, o poder de governar vem do povo,que escolhe seus representantes pelo voto. Procuremos defendê-la.

Em 2022,há eleições gerais para deputado estadual, federal,senador,governador e presidente da república. O sistema eleitoral nosso prevê 2 modelos de votação:

> o majoritário, que se aplica aos cargos de presidente e governador. O candidato é eleito com maioria absoluta dos votos válidos (50%+1). Se nenhum candidato obteve 50%, haverá 2º turno entre os 2 mais votados.(obs. votos brancos e nulos  são inválidos, não contam!).  O senador é eleito pelo sistema majoritário, porém não há 2º turno. Vence o mais votado no Estado. O mandato do senador é de 8 anos, porém há eleições para senador, de 4 em 4 anos, com renovação a cada eleição de 1 ou 2 terços das 81,  sendo 3 cadeiras por Estado e Distrito Federal.

> o proporcional, que elege o deputado federal, estadual e distrital. O eleitor vota em candidato ou no partido. Há 531 deputados federais.o número de deputados por Estado varia de acordo com a população. Divide-se o número de votos pelo número de vagas por Estado. CONCLUSÃO…

Candidato “ideal” provavelmente não existe!… Entre os muitos disponíveis, tente-se escolher os melhores. Vota-se em partidos, candidatos e propostas. Votar é importante, mas não é tudo. É preciso acompanhar a atuação do eleito, após as eleições, e fiscalizar o exercício do  mandato delegado. Ele representa os eleitores, defende seus direitos e supre suas necessidades.

 No 1º turno, voto, escolhendo meu candidato entre muitos. Já no 2º turno, veto, eliminando entre dois, quem não quero. Em cada eleição renovam-se as esperanças num Brasil: politicamente democrático, socialmente justo, economicamente solidário, culturalmente plural, religiosamente ecumênico e ecologicamente  sustentável. Lutemos por esse Brasil, pois somos responsáveis pelo futuro do país.

Que BRASIL queremos?…  Você decide… pelo voto!…

Pe. Aloísio Knob,scj

 

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