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Confira como foi a Semana Santa 2022 no Santuário

Por dois anos consecutivos, por conta da pandemia pela Covid-19, as igrejas da Arquidiocese de São Paulo celebraram a Semana Santa praticamente sem a presença física do Povo de Deus nas igrejas. Desde o início do mês de março tanto em 2020 quanto em 2021, as medidas restritivas na cidade e também no Estado de São Paulo aumentaram, pois, apesar da vacinação iniciada no ano passado, ainda era elevado o número de contaminados, e mortes, pelo Coronavírus e número elevado de ocupação das UTI’S.

No ano de 2022, a programação da Semana Santa na Paróquia/Santuário São Judas Tadeu foi marcada pela presença de um grande número de fiéis nas celebrações, vias-sacras, com participação dos agentes das diversas Pastorais, movimentos e grupos, e principalmente nas procissões do Domingo de Ramos e na Sexta-feira Santa. Durante as celebrações, vários padres lembraram que, após celebrar por dois anos dentro da igreja doméstica, em seus lares, agora, o momento era mais que especial, isto é, poder celebrar a Semana Santa no templo sagrado, que é o querido Santuário São Judas Tadeu.

Apesar dessa volta à “normalidade”, o Santuário continuou disponibilizando o acesso às celebrações dentro das igrejas também online, podendo ser acompanhadas nos lares, pela WebTV Santuário São Judas Tadeu e Web Rádio São Judas. Todo o conteúdo das celebrações poderá ser visto no canal do Santuário São Judas no YouTube.

Outra novidade foi a produção da Central Semana Santa, que ocorreu de 10 a 17 de abril, das 12h às 13h, um programa de entrevistas ao vivo, apresentado pelo Pe. Rarden Pedrosa,scj, com participação de padres e agentes de pastoral do Santuário, entre outros convidados, que foi veiculada pela Web Rádio e WebTV Santuário São Judas no YouTube. Um dos casais entrevistados, Anderson e Fabiana Sato, participam ativamente do movimento ECC-Encontro de Casais com Cristo do Santuário, e disseram que celebrar presencialmente era mais motivador nessa Semana Santa, pois “a nossa fé esbarra na fé do nosso irmão. É maravilhoso estar no Santuário em família e nesse ano, com um gosto especial.”

Veja abaixo, o resumo de cada dia:

DOMINGO DE RAMOS

10/04/22 – DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

No dia 10 de abril, Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, foram celebradas missas com a Bênção dos Ramos às 7h, 8h30, 10h (com início às 9h30 devido a procissão), 12h, 15h, 16h30, 18h e 19h30, na igreja nova. Às 9h30, a assembleia reuniu-se na igreja nova e o Pe. Flávio Aparecido Alves,scj realizou a leitura do Evangelho de Lc 19,8-40 e a bênção dos ramos. Em seguida, saiu com o povo à frente da procissão, que percorreu algumas ruas em torno do Santuário e voltou à igreja nova, dando início à celebração da Missa das 10h.

O povo demostrou muita alegria nessa procissão, caminhando com o Senhor que vem ao seu encontro, como na entrada de Jesus em Jerusalém, quando a multidão dos discípulos, agradecida, aclama e canta, como se ninguém pudesse contê-la, louvando a Deus, pois se reconhece beneficiária d’Aquele que vem em nome do Senhor. Na chegada da procissão, o Frater Carlos Aloiso Sousa Lima,scj, acolheu o povo na igreja nova, com muito entusiasmo, motivando os presentes na igreja a abrir a Semana Santa como um grande retiro espiritual, quando somos conduzidos e guiados por Cristo, “caminho, verdade e vida”. Incentivou a acolher Jesus, na chegada da procissão e saudá-lo como o Rei dos Reis, agitando os ramos num gesto de piedade e alegria, aclamando: “Hosana ao Filho de Davi!”

Em seguida, o Pe. Flávio deu início à celebração solene, com a narrativa da Paixão do Senhor (Lc 22,14-23,56). Na homilia, saudou os presentes, os ouvintes da Rádio Top Mais de Valinhos e os que participavam através da WebTV São Judas. Falou sobre os dois mistérios celebrados nesse dia: a entrada solene de Jesus em Jerusalém e o mistério de sua paixão, morte e sepultura: “A procissão é de ramos, a missa é da paixão!”, disse Pe. Flávio. Lembrou que há 2 anos não nos reuníamos para a Semana Santa, que é motivo para louvar e agradecer, pois Jesus Cristo é nosso Rei, e que a saída em procissão, representa que, apesar dos sofrimentos, proclamamos o Senhor como nosso Rei: “no trono do nosso coração deve estar Jesus, o verdadeiro Rei, que deve fazer nele a sua morada.” O messianismo de Jesus é a imagem dele pobre, que vem em paz. O seu reinado vai se concretizar na Cruz, e a coroa é a de espinhos. Fazer a vontade do Pai, para nos salvar!  Durante toda essa semana vamos nos unir à Paixão do Senhor com disposição para “ardentemente” estarmos com ele.

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SEGUNDA-FEIRA SANTA

11/04/22 – SEGUNDA-FEIRA SANTA

A principal celebração deste dia da Semana Santa foi a Missa com a pregação sobre Nosso Senhor dos Passos, às 19h30, presidida pelo Pe. Guilherme César Silva Rocha,scj. Na acolhida, o Pe. Guilherme lembrou da preparação de 40 dias e que esta é a semana maior. E que nessa celebração contemplaremos os passos de nosso Senhor Jesus Cristo como ao monte Calvário, e seguindo-o, não demos espaço em nossa vida para angústia, desespero ou medo. Mas abracemos a nossa cruz, porque seguimos aquele que abraçou a cruz da humanidade.

Em sua homilia, Pe. Guilherme ressaltou que homens e mulheres que reconhecem sua pobreza espiritual é que seguem de fato a Cristo, hoje: “Somos criaturas pequenas, frágeis e limitadas. Com nosso orgulho e vaidade não mereceremos a coroa de glória. Não! Seguimos um homem que carregou uma cruz, que foi coroado com uma coroa de espinhos, que foi flagelado, despido de suas vestes no alto da cruz. É este o nosso Rei, para escândalo de muitos e incompreensão da maioria”. Continuou dizendo que “a entrega de nosso Senhor, por nós, foi real e inteira. E se for preciso ao longo da nossa vida, tirar nossas sandálias ou sapatos e machucar os pés, por amor dele, o façamos. Porque só quem de fato tira as sandálias e o calçado e se reconhece como discípulo desse homem, humano e divino, de fato, fará a experiência da cruz.” O sacerdote também lembrou que é preciso abraçar o próprio sofrimento, sem fugir e desesperar, mas com serenidade e dignidade, sabendo porque carrega a própria cruz, a exemplo de Cristo. “Pela graça do Batismo, fomos salvos, por sua entrega na cruz, mas teremos que muitas vezes buscar o sacramento da confissão para retornar à nossa pureza batismal,” finalizou o Pe. Guilherme.

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TERÇA-FEIRA SANTA

12/04/22 – TERÇA-FEIRA SANTA

Às 19h30 da Terça-feira Santa, Pe. Cleiton Guimarães dos Santos,scj, presidiu a Missa com pregação sobre Nossa Senhora das Dores, na igreja nova (WebTV, WebRádio). Pe. Cleiton iniciou incensando a imagem de Nossa Senhora das Dores e colocou nas intenções as dores de Maria e nossas dores, além de todas as mães que sofrem, e a paz na Ucrânia. Disse que Maria é o grande sinal de graça para a humanidade: “Pelo sim de Maria vem o Salvador, pelo sim de Maria compreendemos as nossas próprias dores e sofrimentos”.

Em sua homilia, Pe. Cleiton disse que muitas vezes não compreendemos os mistérios de Deus e de Jesus. E que na Semana Santa, é mostrado o caminho a ser percorrido, o desafio da dor e do sofrimento. Às vezes somos dominados pelo medo e pelas dúvidas e nos distanciamos do Projeto de Deus. Temos que ter coragem e atitude, a exemplo da Virgem Maria. Ela, que tem vida de entrega, tanto para as alegrias quanto para os sofrimentos, partilhas e angústias. Na imagem de Nossa Senhora configura toda a dor e podemos sentir o sofrimento da humanidade. Com essa grande ligação de amor da mãe, vamos tendo força para caminhar. Deus dá oportunidade de Maria tornar-se a nova Eva e Jesus o novo Adão. Nas 7 dores de Maria entendemos como Deus fala pela Sua Palavra e dá sinais de vida, onde percorremos essa graça. Pe. Cleiton continua, e vai citando todas as dores de Nossa Senhora, dizendo que Maria não se distancia de Deus, mas abraça o seu projeto de amor.

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QUARTA-FEIRA SANTA

13/04/22 – QUARTA-FEIRA SANTA

Missa com pregação sobre o encontro entre Nossa Senhora das Dores e Nosso Senhor dos Passos: 19h30, igreja nova (WebTV, Web Rádio), presidida pelo Pe. Rarden Luis Reis Pedrosa,scj, que acolheu os fiéis, lembrando a cena da Mãe, Nossa Senhora das Dores, e o seu Filho, Nosso Senhor dos Passos, que se encontraram no caminho do Calvário.

Pe. Rarden explicou que nessa celebração, rosas poderão ser adquiridas para os fiéis ofertarem, simbolicamente, à Nossa Senhora das Dores e Nosso Senhor dos Passos. Iniciou a homilia dizendo que a cor roxa, utilizada na Quaresma e na Semana Santa, na liturgia, quis nos levar a uma reflexão da nossa vida, confrontando-a com a própria vida de Cristo. “É a conversão, a penitência. É o próprio Cristo que nos pede: amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado!”

Continuou citando o teólogo Karl Rahner, que afirma: “sem a fé, sem a aceitação da incompreensível loucura da cruz, sem a obediência cega de Abraão e sem a oração, não se vai para frente, não se caminha adiante”. Padre Rarden prosseguiu dizendo: “Reunimos em nós humanidade e divindade. Somos feitos de cruzes. Cada um de nós temos dons, valores, virtudes, qualidades e Deus ama cada um de forma única, temos histórias sagradas, para Deus e para a humanidade. Ele nos ama quando fazemos o bem e erramos, pois, é o Bom Pastor. Na cruz está o grande mistério deste amor de Deus pelos seus filhos, de doação e de oblação. Não tenhamos vergonha de confessar nossa pertença ao crucificado. Façamos o sinal da cruz sobre nós e sobre tudo, marcamos a nossa fronte com o sinal da santa Cruz, não somente com o dedo, mas com o coração, com fé e devoção. Não tenhamos vergonha de Cristo, de anunciar o Evangelho e que somos cristãos.”

Re. Rarden falou do encontro do sofrimento, de dor, entre a mãe e o filho, comparando com as mães de hoje, que vêm seus filhos chicoteados pela violência, condenados pela dependência, feridos pela falta de sonhos: “Quantas mães que sofrem a perda de seus filhos para o escárnio da sociedade, condenada pela falta de amor, misericórdia e de justiça. Demonstração da necessidade de nos encontrarmos também com nosso próximo, do cuidado, partilha, presença na vida dos outros, sem olhar hipócrita e egoísta. Sem isolamento, como o da pandemia. Anseio de encontrar Deus, que nos ama tanto…  Selemos esse dia com nossa oferta a Deus. Invistamos o nosso tempo nas coisas de Deus. A rosa é o singelo símbolo do paradoxo, tem espinho que machuca e odor, o perfume da rosa. Sejamos marcados com o espinho do nosso pecado, que fere a nossa alma e recorda nossa humildade e necessidade da graça e misericórdia de Deus. Mas saibamos que perfume que precisamos exalar entre nós é o perfume do amor. Amemos mais no tempo que Deus nos concede”. O Pe. Rarden finalizou sua homilia clamando com o povo presente, apontando para a imagens dizendo: “Senhor dos passos tem piedade de nós, Senhora das Dores, rogai por nós!”

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QUINTA-FEIRA SANTA

14/04/22 – QUINTA-FEIRA SANTA

Esta Quinta-feira Santa foi marcada pela volta das vias-sacras rezadas na igreja antiga, às 7h, 9h, 12h, 15h e 17h (as duas últimas transmitidas pela WebTV e Web Rádio). A única celebração do dia foi a Missa Vespertina da Ceia do Senhor, às 19h30, na igreja nova, transmitida pela WebTV e Web Rádio, presidida pelo pároco e reitor, Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj. Concelebram Pe. Guilherme, Pe. Alcides, Pe. Reginaldo, Pe. Aloísio, Pe. Oscar, Pe. Flávio, Pe. Cláudio e Diácono Vagner.

Na saudação inicial, Pe. Daniel disse que algo importante nos reúne hoje, pois vamos celebrar, valorizar, nos alegrar pela presença de Jesus na Eucaristia e os demais Sacramentos da Igreja. Pedimos perdão pelas vezes que não nos preparamos bem para participar da Ceia do Senhor. Na homilia, Pe. Daniel exorta a exaltarmos o valor da Eucaristia, dizendo: “O Senhor quis se fazer presença em nosso meio, como alimento. No Natal celebramos que Deus nasce. No Sábado Santo à noite e no Domingo, vamos lembrar a Ressurreição de Jesus, a Páscoa.

E nesse meio, Deus experimenta a nossa humanidade, em Jesus. Ele percebe o valor da alegria, experimentada como um ser humano. Ele se alegra, convive, se entristece, é traído, tem amizades, experimenta a nossa humanidade. É alimentado pela oração. Precisa se alimentar também. E alimenta o nosso espírito, o que nos fortalece e nos prepara para o encontro definitivo com Deus. Jesus se faz presença em algo simples, na Eucaristia. Em sua humanidade, Jesus vai mostrar que a comunidade cresce e se fortalece nas coisas simples, nos gestos simples. A motivação que leva aqueles que o seguem a vivenciarem aquela refeição. Servir o Pai é a motivação de Jesus. Aos e tornar alimento, ele assume esta missão, este serviço, de fortalecer o ser humano durante a vida. Um dos elementos fortes da Eucaristia é o serviço. Nós humanos, precisamos do tempo, de uma preparação, quando vivida na dinâmica da memória, já garante para nós. Na missa, vivenciamos já o que teremos depois da morte. Além das aparências, o Espírito é capaz de ver o Corpo e o Sangue de Jesus. A qualidade da vida de fé é o que vai mostrar o que se consegue ver. Enxerga, mas não vê. Tem gente que não tem atitude de respeito à comunhão. Intensidade do que se tem por dentro. Hoje, lembramos deste Sacramento que nos fortalece durante a vida, dá condições para aproximar o nosso coração do Coração de Jesus. Não é só mais uma missa… momento de lazer, porque vem se alimentar de Deus. Ele mesmo nos fala na consciência, em nosso interior.

Lembramos também do Ministério Sacerdotal. O sacerdócio é de todo cristão batizado. Somos chamados a santificar o mundo. O sacerdócio batismal santifica os quatro cantos da terra. Onde tem um cristão, tem a luz de Cristo. O cristão não tem medo da escuridão. Sabe que ele é luz, onde estiver. Já o sacerdócio ministerial é para santificar o mundo interior das pessoas, é um serviço: no atendimento espiritual, na orientação… dando um norte. Viver a humildade para entender que presta um serviço para Deus. É Deus que fala, toca o coração das pessoas, através do sacerdote. O serviço não é fácil. Ser cristão, padre, bispo diácono, não é fácil. A alegria está na atitude de serviço que se tem a Deus. Quando impera a vontade pessoal, entra a lógica do mundo, e não a do Reino. O testemunho do cristão santifica o mundo e o do Padre santifica a comunidade. Temos que rezar pelos Padres, pelas vocações! Tenho certeza que a minha fidelidade é fruto da minha oração e pela comunidade que reza por mim, no meu serviço à Igreja. Prestamos serviço a Deus. O cristão santifica o mundo,” finalizou o Pe. Daniel.

O pároco e reitor em seguida, ao som de um canto, realizou a cerimônia do Lava-pés em 12 membros da comunidade, que são educadoras, recordando a Campanha da Fraternidade 2022, com o tema “Fraternidade e Educação” e lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31,26). Após a celebração, seguiu-se para a igreja antiga, o cortejo do presidente da celebração, alguns ministros extraordinários da Eucaristia e fiéis, para a Vigília Eucarística, prevista para ocorrer até às 24h.

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SEXTA-FEIRA SANTA

15/04/22 – SEXTA-FEIRA SANTA DA PAIXÃO DO SENHOR

Dia de jejum e abstinência

Na reflexão da Ação Litúrgica, às 15h, o pároco e reitor do Santuário São Judas Tadeu, Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj, disse que este dia, Sexta-feira Santa, é o dia do silêncio: “O silêncio da morte desvela o vigor da História. Quando fazemos memória, experimentamos o que vem como reflexão, a Paixão e morte de Jesus. A pandemia nos trouxe atitude de reflexão. Neste dia uma fração da eternidade existe no silêncio que começa no início da Quinta-feira Santa e vai terminar no Sábado Santo à noite. O tempo cronológico é o mesmo.

No silêncio, podemos prestar atenção no que se está celebrando. No silêncio, o tempo é eternizado. O cemitério, para os cristãos, é o berçário da eternidade. O cristão não tem medo de cemitério. Jesus vence a morte. O silêncio marca, no espírito, a história para a eternidade. O que fazemos memória, o que vivenciamos “por dentro”. Lá está, é uma marca eterna. O tempo se torna acessório. Jesus se torna íntimo de nós, entende a nossa fragilidade humana. Nos ensina que o caminho da cruz nos leva a uma vida melhor, de liberdade. O silêncio nos leva à liberdade. Quando olhamos para a Cruz, percebemos que Jesus configura nela a história: a morte ganha uma conotação de vida eterna. A morte não é o fim. Ele vai até o passado, à mansão dos mortos. O vivenciado, celebrado, atinge os que vieram, os que estão, e os que virão. Nós estamos nesta condição. Do silêncio, construímos nosso interior, damos condições para que Cristo reconstrua a nossa história.

Jesus sente o peso da morte, já no Horto das Oliveiras. Ele entende alí. Quando, diante da morte, fica apegado à vida. Porque enquanto se tem vida, podemos refletir para melhorar, tomar decisões. Só você e Deus sabem o que falta para você ser uma pessoa melhor ou quanto se entrega a Deus. O que me falta para ser uma pessoa melhor, o quanto você se entrega a Deus? Nenhuma outra pessoa sabe medir. O silêncio favorece uma vida de oração, de intimidade, de meditação, nos leva a uma atitude de intimidade. Não se expressa por fora, mas na linguagem não falada o que o outro está experimentando, sentindo, passando. No silêncio desse dia, Jesus reconfigura a história da humanidade. Reconfigura a sua história também, no “sim” que só você pode dar.

Você conseguiu fazer silêncio hoje? Vivenciar o mistério hoje? São 364 dias de barulho e hoje, no silêncio, é o dia de entendermos o mistério de nossa salvação. Transformado como marcas no espírito. Em alguns momentos, a gente tem que ficar quieto. Evitaria desavenças, discussões, prejuízo. Ajuda a se controlar. O silêncio ajuda, fortalece. Olhando para a cruz, percebemos sofrimento. Superado pela esperança da vida eterna. A certeza da vida eterna dá sentido para o sofrimento. Só tem sentido viver o sofrimento na perspectiva de liberdade. Nos faz viver o desapego. Somente com a presença de Deus, de Cristo, conseguimos fazer do sofrimento, a cruz, um passo para a vida livre. Fortalece nosso espírito. Com o sofrer, nós envelhecemos por fora, amadurecemos por dentro e só tem sentido quando nos leva à liberdade. Durante a Quaresma, vivenciamos este controle da vontade. O som que Deus traz no coração, no silêncio da missa, nos leva à esperança, ao cerne da nossa fé. Jesus, em sua vida, vai vencer a morte, e para nossa sorte, participamos deste mistério.

Só tem sentido a cruz, em Jesus. Sem ele, a cruz é sinal de escândalo. Só tem sentido com Jesus. Na vivência, nossa oração se torna fecunda. Vamos rezar, pedir, lembrar. A oração se torna fecunda quando a gente participa. No tempo, somos peregrinos. No silêncio, na reflexão, não perdemos a direção. O mais importante é o som que ecoa no espírito, a voz de Deus. O resto é abstração, passageiro. Feche seus olhos agora e peça a graça de viver o silêncio fecundo,” finaliza assim o Pe. Daniel a sua reflexão da Sexta-feira Santa.

Em seguida, ocorreu o Sermão das 7 palavras do Cristo na Cruz, às 17h, que foi conduzido pelo Pe. Guilherme César Silva Rocha,scj que foi pontuando uma a uma, a saber:

“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lc 23, 34a)
“Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43)
“Mulher, eis aí o teu filho. Filho eis aí a tua Mãe!” (Jo 19, 26-27)
“Tenho Sede!” (Jo 19, 28b)
“Meus Deus, meus Deus, por que me abandonastes?” (Mc 15, 34)
“Tudo está consumado!” (Jo 19, 30a)
“Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!” (Lc 23, 46b)

Pe. Guilherme diz: “Perdoai-nos, Senhor, pois ante o seu amor infinito, pecamos, erramos, em nossa fraqueza e infidelidade, não somos fiéis. Duvidamos, somos teimosos em não seguir seus ensinamentos, insistimos em pedir provas de seus sinais, de sua misericórdia. Insistimos em não ser tua imagem e semelhança, somos infiéis, repletos de faltas, fraquezas, mas a sua misericórdia supera tudo. Olhai-nos com amor do alto da Cruz, nos converta e perdoai-nos! Ajudai-nos a ajudar aqueles que não te conhecem, não amam e não esperam em Ti. Ajudai-nos a estarmos contigo e desejar estarmos contigo no Paraíso”. Após essas reflexões, ocorreu a saída para a Procissão do Senhor Morto pelas ruas do bairro (saída e volta para a igreja nova).

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SÁBADO SANTO

16/04/22 – SÁBADO SANTO

Solene Vigília Pascal da Ressurreição do Senhor: às 19h30, na igreja nova (única Missa do dia) – (WebTV e WebRádio), presidida pelo Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj e concelebrada por Pe. Flávio, Pe. Reginaldo, Pe. Oscar, Pe. Aloísio, Pe. Alcides e Pe. Guilherme. Após a bênção do fogo novo no lado de fora da igreja (hall da igreja nova) e entrada do Círio Pascal pelo corredor central, foi proclamada a Páscoa, pelo Pe. Flávio Aparecido Alves,scj.

Após as 8 leituras, aclamação aleluiática, e a proclamação do Evangelho (Lc 24,1-2), realizada pelo Diácono Vagner Lucas Pimentel,scj, na homilia, o Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj falou porque essa noite é especial, pois por mais que exista escuridão, doença, pobreza, guerras, existe a luz. Disse em sua homilia: “É preciso coragem para levar essa luz ao mundo. Tudo perde sentido diante do Cristo. Nossa vida é muito mais do que nossos “acidentes” diante daquilo que podemos construir dentro de nós olhando para o Cristo Ressuscitado.

A morte não assusta o cristão, pois ele vive para Aquele que vive. Nessa noite especial, alegre, feliz, celebramos um pedacinho da eternidade, uma fração, porque estamos no tempo, ainda. Por isso separamos esse momento para nos voltar para dentro e viver a alegria do Cristo que diz “Eu venci a morte… Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Para experimentar esse caminho, devemos abrir o nosso coração, viver, caminhar com ele, pensar e agir como ele pensa e age, mar… Traduzir no hoje, em 2022, esse amor. Em Jesus, a morte não tem mais força. A nossa humanidade se configura como um caminho para o Pai e todo o sofrimento vivido tem sentido, pois tem algo melhor, pleno. Devemos cuidar, preparar o nosso espírito, para a nossa Páscoa.

Olhando para a luz. O Círio está aqui. Para o cristão, o Círio indica Jesus. Pela fé, que vai além das aparências. Vai continuar aceso até última semana da Páscoa e para indicar a presença de Cristo, que é luz. O cristão é da luz, não se prende na matéria que vai apodrecer. É do espírito, do eterno. Somos do eterno! Somos os escolhidos. Isso é tão forte! Vamos lembrar dos santos, que no nosso tempo viveram, testemunharam que é possível. Experimentar o Cristo é atualizar em sua vida, com as pessoas do seu convívio, pois as pessoas precisam da presença de Jesus. Viver, testemunhando.

Para nós agora a morte não é mais o fim. A morte é só uma condição para eternizar o presente. Cristão não tem medo da doença, da morte. Temos o tempo da vida para preparar o nosso espírito, por isso o nosso tempo é tão caro. No Cristo, encontramos sentido para nossa vida. Desafio é ser novo sinal do Cristo Ressuscitado. Educar a nossa vontade para não estragar, e nossas escolhas não nos distanciem de Jesus. Experimentar o Cristo Ressuscitado é me relacionar com ele, viver com ele. Vai além da aparência física, de uma imagem. Quem vive por fora admira o externo, quem vive por dentro busca o essencial. Somos batizados chamados a santificar o mundo, com nossa vida, escolhas, sendo luz para o mundo. O mundo tem a luz de Cristo porque os cristãos estão no mundo!

Na ladainha de todos os santos, que vamos rezar, vamos lembrar de tantos Santos que nos recordam que é possível ser santo e vivenciar a luz de Cristo no mundo!”

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DOMINGO DE PÁSCOA

17/04/22 – DOMINGO DE PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

A Procissão da Ressurreição, que estava prevista para às 6h, com saída da igreja nova percorrendo as ruas do bairro não ocorreu, devido a chuva ocorrida no mesmo momento. A Missa Solene de Páscoa foi celebrada às 8h30, na igreja nova, com transmissão pela TV Gazeta. O Pe. Daniel Aparecido de Campos,scj presidiu essa celebração, lembrando e agradecendo o apoio à evangelização do empresário Sidney Oliveira, que patrocina a veiculação dessa Santa Missa, a cada domingo, na TV aberta.

Iniciou dizendo: “A vida vence a morte! Verdade da nossa fé. Celebramos hoje a festa da Páscoa!”

Neste Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor, o Pe. Daniel diz que muito maior do que nosso pecado é a graça de Deus que nos fortalece e nos dá condições de viver livres de todo o mal: “Erramos, mas temos a certeza que Cristo nos levanta e nos dá condições para, na sua misericórdia, conduzirmos nossa vida. Vamos pedir perdão e depois sermos aspergidos coma água benta”. É realizada a aspersão do povo, feita pelo Diácono Vagner Lucas Pimentel,scj.

Em sua homilia, Pe. Daniel iniciou aclamando: “Viva Jesus Ressuscitado!” (3x) dizendo que “é essa a alegria que queremos que chegue à sua casa. Feliz Páscoa! Viva, do nosso coração ao coração de cada um que está acompanhando essa celebração.” E continua:

“Hoje celebramos aquele que dá sentido à nossa vida, a eternidade. Cremos em Deus e temos a certeza que Ele não nos abandona. O túmulo está vazio. Temos uma luz e essa luz é Jesus, o Ressuscitado. Viveu a nossa humanidade, sofreu todo o flagelo na Cruz, mas fez da humanidade um caminho para a eternidade. Por isso, somos alegres, temos a oportunidade de dar sentido para a nossa vida. O que fazemos e somos é para Cristo. Ele deve iluminar nossa vida e conduzir nossos caminhos.

Durante o tempo, teremos momentos altos e baixos, sempre olhando para Jesus. Durante este Tempo da Páscoa, teremos esta luz que é Jesus (apontando para o Círio Pascal, aceso, sobre o altar). Essa é oportunidade para viver essa alegria de forma intensa. Por dentro, experimentamos essa força de Deus. Força para encarar os dilemas da vida: a morte, as tristezas, as injustiças, incompreensões… A gente precisa pisar nosso ego para dar espaço para Cristo. Vivemos esse período de Páscoa, em que somos nova criatura. Que olhar para o círio não vemos apenas uma vela, mas a luz de Cristo! A luz verdadeira, porque não somos criados para o tempo, mas para a eternidade. É o que acreditamos. Viva Jesus Cristo ressuscitado! (2x) Viva Jesus!”, finalizou a sua homilia, o Pe. Daniel, clamando alegremente e o povo respondendo e aplaudindo em seguida.

Ainda no Domingo de Páscoa (17 de abril de 2022), na celebração das 10h, presidida pelo Pe. Flávio Aparecido Alves,scj, e transmitida pela WebTV Santuário São Judas, o Pe. Flávio iniciou dizendo que, desde o dia anterior celebrando a Páscoa, fomos agraciados pela vida eterna: a morte não prevaleceu, pois Cristo ressuscitou verdadeiramente. “Na aspersão da água, queremos ser lavados dos pecados, como sinal de que arrependidos, podemos renascer pera uma vida nova”. Seguiu-se a aspersão do povo com água benta.

Após o Evangelho, Pe. Flávio falou deste tempo de graça, em que o cristão se alegra com Cristo, que nos deu vida nova. É como se houvesse um grito entalado na garganta: “O Senhor vive, ressuscitou!” A velha criação deu lugar à nova, no domingo, primeiro dia da semana, somos novas criaturas. Maria Madalena representa aqui na nova comunidade. Vê a pedra retirada e vai ao encontro de Simão Pedro e outro discípulo. A fé é transmitida. Saem correndo. Vamos nos colocar no lugar deles. A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo anuncia que Ele ressuscitou verdadeiramente. O discípulo amado logo acredita, ele, que na ceia encosta seu rosto no peito de Jesus, junto ao Coração de Jesus, era mais próximo do mestre. Representa todos nós. Acreditou. Somos chamados a ter essa mesma experiência, ainda que não compreendamos, que soframos, mas tendo a certeza da vida nova em Cristo. Fomos criados para o Céu. Esforçai-vos por alcançar as coisas do Alto. Aspirai as coisas celestes e não as terrestres.

Façamos o caminho que o senhor fez, que foi levado à Terra Prometida, para nós, o Céu, estar junto ao Senhor Ressuscitado, com Maria e os Santos. Vamos nos despertar e nos alegrar. Cada dia é dia do Senhor Ressuscitar, todos os domingos, mas de maneira particular nesses 8 dias, da oitava da Páscoa. Vamos ressuscitar com Cristo! Estamos neste mundo, mas não somos deste mundo. Muito mais importante que um diploma, é o desejo do céu. Espere a recompensa no céu, a vida nova! Somos a comunidade que sofre, lava os pés, que ama e serve seus irmãos. Ele passou pela cruz, mas apontou a luz para nós. Esforcemos por alcançar as coisas do alto!”

A todos um feliz e abençoado Tempo Pascal!

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