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PÁSCOA, A VIDA VENCE A MORTE

Somente na Páscoa de Jesus Cristo, podemos crer e viver plenamente a esperança da vida que vence a morte

Caros irmãos e irmãos, neste mês de abril concluímos o tempo litúrgico da quaresma e celebramos o solene Tríduo Pascal. A caminhada quaresmal, pelo jejum, a oração e a caridade, nos levou a fazer um percurso de penitência e conversão.

Sim, são os grandes mistérios de nossa fé, a entrega do Cristo na Última Ceia e o mandato do serviço, sua paixão e morte na cruz, sua Ressurreição que rompe as trevas do pecado, pois a vida vence definitivamente a morte. Como nos diz a Escritura, Jesus morrendo, destruiu a morte e, ressuscitando, restaurou a vida. É a Pascoa gloriosa, a Ressurreição, onde a esperança da vida eterna se realiza, se cumprem as sagradas promessas.

Nós seguimos o caminho do Senhor na cruz; carregá-la não é uma perda, mas na entrega da vida o amor frutifica, assim como nos ensina o Cristo com suas palavras e confirma com o seu próprio exemplo (Jo 12,24). Com sua morte e ressurreição, nos recorda também que tal como o povo de Israel foi libertado da escravidão do Egito, também Cristo nos liberta da escravidão do pecado e do poder da morte.

Como o novo Cordeiro Pascal, Jesus foi imolado (1 Cor 5,7), para estabelecer definitivamente a reconciliação entre Deus e a humanidade. Sabemos que Jesus foi entregue segundo o desígnio imutável de Deus (At 2,23), para que todos nós, filhos do pecado e da morte, tivéssemos a vida (2 Cor 5,21).

Jesus disse várias vezes que tinha vindo a este mundo para fazer a vontade do Pai, para que ninguém se perdesse, todos fossem salvos. Eis a grandeza da entrega de Cristo, pois foi justamente para esta hora, a paixão e morte, que Ele veio, e nos salvar ( Jo 12,27).

O nosso Redentor escolheu a cruz para carregar a culpa do mundo, libertar dos pecados e da morte. Pelo seu perfeito amor, reconduziu o mundo a Deus. Somos chamados a assumir o sofrimento de nossa vida, tomando a cruz sobre nós mesmos e seguindo Jesus.

É preciso unir-se ao sofrimento de Cristo, pois Ele sofreu por nós, e nos deixou um exemplo, para que sigamos os seus mesmos passos (1 Pd 2,21). Jesus mesmo havia dito que se alguém o quisesse seguir, devia renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz, e segui-lo (Mc 8,34). De fato, na fé, podemos assumir o nosso sofrimento, e partilhar a dor do próximo.

Neste ano teremos a alegria de celebrar a Páscoa em comunidade, após dois anos de uma trágica pandemia. Em um mundo marcado pela dor, com tantas mortes, e onde as guerras se multiplicam, tirando injustamente a vida de tantos, vamos nos unir à Paixão de Cristo, na paixão da e pela humanidade, que clama pela vida e pela paz. Somente na Páscoa de Jesus Cristo, podemos crer e viver plenamente a esperança da vida que vence a morte.

Tudo pedimos, pela intercessão da Imaculada Virgem Maria, de São José, guardião e protetor, e a intercessão de São Judas Tadeu. Feliz Páscoa a todos.

Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo para a Região Episcopal Ipiranga

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