06 jan Santa Mãe de Deus, Maria

No mês em que veneramos, no primeiro dia do ano, a Santa Mãe de Deus e também nossa Mãe, Maria Santíssima, vamos refletir sobre o seu papel em nossa vida, enquanto católicos e devotos dela e de São Judas Tadeu, nossos modelos de seguimento a Jesus!

Neste tempo do Natal de nosso Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, Verbo encarnado, celebraremos 02 (duas) solenidades e 02 (duas) festas na liturgia da Igreja.

Estas solenidades são as seguintes em ordem celebrativa: Festa da Sagrada Família de Nazaré, Solenidade da Santa Mãe de Deus, Solenidade da Epifania do Senhor e por fim, encerrando o tempo do Natal, a festa do Batismo do Senhor.

A Solenidade de Maria, Santa Mãe de Deus é celebrada desde o século VI, possivelmente com a dedicação do templo, no dia 1º de janeiro, da Igreja Santa Maria Antiga, uma das primeiras igrejas marianas da cidade de Roma.

Esta celebração está intimamente ligada à Tradição da Igreja, sobretudo ao dogma da maternidade divina de Maria proclamado no ano de 431, no Concilio de Éfeso.

Este dogma surgiu na discussão sobre a humanidade e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. A questão não estava centrada em Maria, mas trouxe consequências para o estudo da Mariologia.

O que diz o Concílio: Maria é Mãe de Deus (Theotókos), em grego, de toda a pessoa de Jesus Cristo, enquanto filho de Deus encarnado. Maria não é mãe Deus em sentido estrito, porque ela sendo criatura não pode ser mãe do criador. No entanto, Maria é “mãe do filho de Deus encarnado”.

Desta forma, só podemos compreender a maternidade divina de Maria na esteira da teologia trinitária. Como não podemos separar as naturezas: humana e divina de Jesus, como queria os nestorianos.

Sendo assim, o Concílio de Éfeso afirma: que “Maria é Mãe de Jesus Cristo, não somente de sua humanidade”. O concílio sustenta: “Deus é segundo a verdade o Emanuel, e por isso a Santa Virgem é Mãe de Deus, pois deu à luz carnalmente ao Verbo de Deus feito carne”.

Maria é filha predileta de Deus Pai, simbolizando a participação humana, todos os filhos de Deus na filiação divina, a partir de Jesus Cristo.

Em relação ao seu filho Jesus Maria é mãe, educadora e discípula, pois o gerou, o educou nas tradições do seu tempo e tornou-se seguidora quando Jesus inicia seu ministério. Por fim, juntou-se ao grupo dos discípulos quando no início da Igreja.

Olhando para Maria Mãe, a Igreja compreende sua maternidade espiritual, de gerar filhos de Deus na fé, sendo assim solidários aqueles que mais necessitam.

Portanto, ao celebrarmos a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, elevemos nossos corações, unindo-os ao da Virgem Mãe de Deus Filho, para juntos nos unirmos ao coração de seu filho Jesus, razão da nossa fé e esperança para as nossas vidas.

À VOSSA PROTEÇÃO (Sub tuum praesidium)

À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém!