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Entrevista: Pe. Oscar Longen sobre a alegria de ser Padre!

Neste dia em que nos despedimos do querido, Pe. Oscar Longen, scj, quermeos recordar a emocionante entrevista que ele concedida à Jornalista Priscila Thomé Nuzzi para o Jornal São Judas em dezembro de 2019:

Como começou a sua história aqui, na Paróquia e Santuário São Judas Tadeu?

Minha história na Paróquia São Judas começou quando eu ainda era Frater e vinha para cá ajudar o Pe. Gregório Westrupp,scj no Instituto, enquanto fazia Teologia em Taubaté. Lá no Instituto tinha uma casa de madeira onde eu e outros seminaristas ficávamos hospedados. Foi Pe. Gregório que me aceitou na Congregação e me recebeu no Seminário. Ele foi comigo comprar tecido, me levou ao alfaiate para fazer a batina da minha Ordenação e escolheu meu padrinho. Em 1983 eu estava no hospital, quando ele morreu, tranquilo.

Como o senhor vê a comunidade do Santuário São Judas Tadeu?

Eu sempre achei essa comunidade muito movimentada. A festa de São Judas é maravilhosa! É uma alegria caminhar em procissão. Eu não perco uma procissão! Em todas eu gosto de ir na frente.

O que significa, para o senhor, viver a vida religiosa?

Na vida, a gente tem que estar sempre voltado para Deus! Como religioso tenho votos de obediência, pobreza e castidade e procuro ser fiel ao compromisso com esses votos. Todo cristão deve dar testemunho bom, mas eu, além de padre, sou religioso do “amor e reparação” e procuro reparar as injúrias ao Sagrado Coração de Jesus.

O senhor já participou de pastorais ou movimentos da Igreja ao longo da vida?

Já acompanhei o Apostolado da Oração e tenho saudades dessa época. Minha mãe era do Apostolado. Fiz a primeira comunhão em 1940 e entrei no Apostolado logo depois. Depois veio a Cruzada Eucarística, fui coroinha, sacristão e com 14 anos entrei no Seminário. O presente mais bonito que ganhei na vida foi ser do Coração de Jesus!  

 

Como o senhor vive a fé no dia a dia?

Eu gosto muito de abençoar as pessoas, os objetos… As bênçãos da água benta no Santuário ainda são comigo. Procuro estar sempre ocupado por aqui: varro o quintal, arrumo a mesa, cuido das plantas, mando cartas para a minha irmã e sobrinhos. Eu e minha irmã Maria Luiza cuidávamos de um jardim, plantávamos flores quando éramos crianças.

Quais influências o senhor carrega da sua infância e formação religiosa?

Fui criado em igreja franciscana. Quando fui ordenado padre, quase mudei meu nome para Lucas, que era o nome do frei que me batizou. Quando fiquei padre, me lembrava bastante dos padres franciscanos. Sempre fui devoto de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora das Graças e de Lourdes. Ultimamente tem aumentado minha devoção a Nossa Senhora Aparecida. Sempre vou ao altar onde tem a imagem, na igreja antiga do Santuário, e peço para ela ajudar nossa Paróquia, a Congregação… Rezo o terço.

 

O que o senhor pensa sobre o Papa e a Igreja nos dias de hoje?

Fico triste quando ouço alguém falar mal do Papa, porque ele é muito esforçado. Que coisa linda foi o Ano da Misericórdia! A Igreja tem passado por mudanças. Lembro quando a consagração era em latim e depois de 1962, com o Concílio, a missa foi passando para o Português. Quando leio em latim, ainda entendo. Também em francês, italiano, alemão, inglês e grego… Muitos escritos do Pe. Dehon são em francês.

Como foi sua formação no Seminário?

No Seminário os estudos eram puxados e a gente ainda limpava a casa, o pátio. Mas também tinha o recreio para jogar futebol, onde eu ficava na defesa. A educação que recebi no Seminário foi muito boa: a gente aprendia a fazer silêncio, a tirar o chapéu quando passava por uma imagem e tantas outras coisas.

Como é sua vida hoje, aos 88 anos?

Hoje estou com 88 anos, ainda atendo confissão quando me pedem e concelebro missas.

Quando e onde foi sua ordenação sacerdotal? Onde o senhor atuou ao longo do seu ministério?

Em 20 de dezembro completo 61 anos de padre. Fui ordenado onde o Pe. Eli Lobato dos Santos foi batizado, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Taubaté. Trabalhei como padre no Rio de Janeiro por mais de 20 anos.

E o que representa para o senhor estar aqui, no Santuário São Judas Tadeu?

Eu gosto muito do Santuário São Judas. Estou aqui servindo como padre desde o dia 09 de Julho de 1998. Não posso nem imaginar estar em outro lugar! Estou acostumado com este Santuário, com tantas pessoas conhecidas e queridas.

Pe. Oscar Longen,scj em entrevista concedida a Priscila de Lima Thomé Nuzzi – publicada no Jornal São Judas de Dezembro de 2019


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