
23 abr Nossa profunda tristeza pela morte do Papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, fez a sua última aparição pública ao Povo de Deus no Domingo de Páscoa, na Praça de São Pedro, desejando a todos uma “Feliz Páscoa” e concedeu a tradicional bênção “Urbi et Orbi”. Na manhã seguinte, dia 21 de abril, partiu para a Casa do Pai, aos 88 anos, às 7h35, horário de Roma (2h35 em Brasília) na Casa Santa Marta. “Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja”, anunciou o cardeal Kevin Farrell, em comunicado divulgado pelo Vaticano. O Papa havia recebido alta em 23 de março do Hospital Policlínico Agostino Gemelli de Roma, onde ficou internado por 38 dias com problemas pulmonares e vinha sofrendo de uma séria de complicações médicas crônicas.
Nós, da Paróquia e Santuário São Judas Tadeu, unidos aos irmãos e irmãs cristãos de todo o mundo, recebemos com grande tristeza a notícia do falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco, que por 12 anos conduziu a Igreja de Cristo, sendo a voz e as mãos do Senhor neste mundo. Ele, que foi um líder espiritual de hábitos simples e coração generoso, dedicou sua vida a promover valores evangélicos fundamentais como a paz, a justiça social e a compaixão. Os Céus estão em festa!
Francisco nunca se esqueceu dos pobres
O Papa que sempre se recordou dos pobres, marcou a história da Igreja. Não apenas se destacou por sua humildade, mas também por sua coragem em enfrentar questões difíceis que afetam a sociedade contemporânea. Buscou transformar a Igreja em uma instituição mais inclusiva e próxima das realidades enfrentadas pelos pobres e marginalizados. Tinha a visão de uma Igreja que abraça todos, independente de suas origens ou crenças. Seu compromisso com o meio ambiente e a defesa dos direitos humanos foram marcantes, mostrando que a fé deve se manifestar em ações concretas. E ele sempre deu o exemplo, mais do que palavras.
Apesar das saudades, é profunda a nossa gratidão ao Senhor pelo grande presente que nos deu com a vida e o ministério do Papa Francisco, que tanto nos ensinou sobre a humildade; a necessidade da “Igreja em saída”, sem fronteiras; o serviço aos mais vulneráveis; o acolhimento ao imigrante; o cuidado com a “casa comum” e com a vida comunitária. Francisco foi o primeiro Papa do continente americano, o primeiro do hemisfério sul e o primeiro jesuíta. Escolheu o nome Francisco em homenagem a Francisco de Assis, que sempre considerou uma referência pela sua “simplicidade e dedicação pelos pobres”.
Segundo o Vaticano, a morte do Papa foi causada por um acidente vascular cerebral (AVC) e uma parada cardiorrespiratória. Ele será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na Basílica de São Pedro. A última vez que isso aconteceu foi em 1903, com o enterro do Papa Leão XIII.
A morte do Papa Francisco coloca a Igreja Católica em um período conhecido como “Sede vacante”. Durante esta fase, o Vaticano dá início aos preparativos para o funeral do Pontíficie e para a escolha de um novo Pastor. Agora a Igreja passa a ter uma espécie de governo temporário. Parte dos religiosos que compõem a cúpula do governo do Vaticano perde suas funções e decisões urgentes ficam a cargo de um Colégio de Cardeais.
Durante a Sede Vacante, que é o período em que os católicos ficam sem um Papa, o camerlengo conduz os trabalhos da Igreja e prepara a transição de governo. Ele também ajuda a organizar o Conclave, que elegerá o novo Papa. Atualmente o cargo é ocupado pelo cardeal irlandês naturalizado americano Kevin Joseph Farrell. Antes disso, no entanto, a Igreja seguirá uma série de ritos, com destaque para as cerimônias fúnebres de Francisco.
A Arquidiocese de São Paulo emitiu nota comunicando que recebeu com profundo pesar a notícia do falecimento do Santo Padre o Papa Francisco e o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, convidou todo o Povo de Deus a se unir em oração pelo descanso eterno do Sumo Pontífice e, por esta razão, presidiu uma missa em sufrágio do Papa Francisco no mesmo dia, 21 de abril, às 12h, na Catedral da Sé. Antes da missa, às 11h, Dom Odilo concedeu uma entrevista coletiva, também na Catedral. Na Paróquia e Santuário São Judas Tadeu todas as missas no dia 21 de abril, foram pela intenção do Papa Francisco, pelo descanso de sua alma.
O céu está aberto para todos
O Papa Francisco acreditava nisso, e afirmou que para Deus não havia distinção entre católicos, religiosos de outras crenças, ou mesmo ateus. “Devemos nos encontrar fazendo o bem. Mesmo sendo ateu. Faça o bem: todos nós nos encontraremos lá”, afirmou. Essas palavras foram ditas em 2013, numa de suas primeiras celebrações como Papa, e é um dos exemplos de inclusão dados por ele à frente da Igreja. Ao longo de seu papado, Francisco demonstrou compromisso com o diálogo inter-religioso e defendeu que a mensagem principal do cristianismo deve ser a compaixão e o amor de Deus, e não um conjunto de regras a serem seguidas. Em uma de suas importantes mensagens ao mundo, sua encíclica “Fratelli Tutti”, Francisco conclamou a humanidade a construir pontes em vez de muros.
O primeiro pontífice latino-americano deixou um legado de união e amor entre as pessoas, trazendo palavras e gestos de tolerância, harmonia e solidariedade para o mundo.
“O único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo: quando queremos ajudá-la a levantar-se” (Franciscus).
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