14 jun Eucaristia: centro da nossa vida cristã
Começamos o mês de Junho com a celebração da Eucaristia, na Solenidade de Corpus Christi, dia 03. Ela é o centro da vida da Igreja. O centro da minha vida cristã. E da sua.
Esse valiosíssimo sacramento recebeu vários nomes desde o início da Igreja. Lembro aqui só três deles. Outros, cerca de 20, você pode encontrar no Catecismo da Igreja Católica, nn. 1328 a 1332. Cada um deles ajuda a conhecer melhor a imensa riqueza desse sacramento.
Fração do Pão, partir o pão: Lucas narra que os discípulos de Emaús reconheceram Jesus ao partir o pão (24,30-31). Os Apóstolos ouviram de Jesus, durante a Ceia Pascal que celebrou na quinta-feira antes de ser preso e condenado à morte na cruz: “fazei isto em memória de mim”. Fizeram. Os Atos dos Apóstolos falam de “fração do pão” (2,42) como prática habitual das primeiras comunidades.
Passou a ser chamada, com o tempo de comunhão, pois ela nos põe em comunhão com aquele que nos convidou a comer o seu corpo e beber do seu Sangue para a vida do mundo (cf Jo 6,51). Ele se fez Pão da Vida para alimentar o nosso amor, nossa esperança e nossa fé.
Hoje a Eucaristia é mais conhecida como Missa. Essa palavra vem de missão, pois as palavras finais da Celebração diziam, nos muitos séculos em que era celebrada em latim: ite, missa est. Dita como despedida da celebração, significava: ide, agora é hora da missão, lá fora, no trabalho, na escola, na família, no meio do povo. Cada participante deveria – e deve – dar testemunho de Cristo no meio dos seus, como decorrência da participação na celebração da Eucaristia, para honrar a memória do Senhor.
Desde o tempo dos Apóstolos até à atual estrutura da Missa, facilmente identificamos a importância essencial e a convergência da Palavra com a Oração Eucarística mesma na celebração. A renovação promovida pelo Concílio Vaticano II pôs em maior evidência a Palavra bíblica, seja pelo número de textos lidos em cada missa, seja pela variedade de textos selecionados, distribuídos em três ciclos anuais. É gratificante constatar que nas últimas décadas, aprendemos a dar maior valor à Palavra. Mas, muitos ainda valorizam mais a comunhão. Não é incomum a pergunta: “Padre, se eu chego atrasado, ou se chego depois das leituras, ainda posso comungar?” Não tenho espaço aqui para dizer como respondo a essa pergunta. Mas proponho que você leia um antigo conto didático:
Certa vez, Deus teria julgado que os cristãos tinham recebido mais do que podiam acolher: a Bíblia e a Eucaristia. Demais, teria Deus pensado. Chamou, então, um ancião marcado pela santidade e pela sabedoria e ordenou que ele fizesse uma escolha em nome da humanidade: ficaria com a Bíblia ou com a Eucaristia? O ancião não titubeou e respondeu: Ficamos com a Bíblia! E Deus sentiu-se derrotado, porque ficando com a Bíblia a humanidade permanecia também com a Eucaristia. Se a escolha fosse a Eucaristia, esta deixaria de existir, porque não há o altar da Celebração sem o altar da Palavra (citado por P. Artur A. Besen, em Estudos Teológicos 41, Reflexões para uma Espiritualidade da Eucaristia).
A melhor missa é, portanto, a missa completa, em que entro por completo, em cheio, para participar ativamente desde o canto inicial, do ato penitencial, da escuta da palavra, seguida da profissão de fé e da humilde e suplicante reação da Igreja através das preces. Depois, acompanhamos a apresentação das oferendas, oferecendo-nos também, e a Oração Eucarística, de ação de graças, que culmina com a possibilidade da comunhão. Segue um momento de oração silenciosa, a oração conclusiva, o envio com a bênção e a despedida: “Ide em paz, que o Senhor vos acompanhe”. Saímos da celebração iluminados e alimentados pelo Senhor que ouvimos e com quem nos encontramos. Saímos para fazer o que acabamos de celebrar em memória do Senhor. Para fazer da vida cotidiana, missa continuada.
Recomendo: ler no Catecismo da Igreja Católica os números 1322 a 1419. E passe a colher cada vez mais fruto da Eucaristia, sacramento central da nossa vida cristã.
Pe. Cláudio Weber, scj
Alaises dos Santos Gimenes
Postado em 11:49h, 15 junhoComo é bom esta em sintonia com Deus, com o seu corpo, sangue, alma e divindade. Ele nos fortalece, nos encoraja para a missão. Como diz: domingo sem missa semana sem graças.. a palavra é a que nos ilumina, nos dá discernimeto,nos mostra o caminho a seguir. A palavra é sem dúvida a fonte da vida.
kelen
Postado em 11:57h, 15 junhoSenhor vinde em nosso auxílio
Julio+Laureano+das+Chagas
Postado em 12:59h, 16 junhoA Eucaristia é o nosso alimento Espiritual, que nos põe em consonância, com Deus.
Eu creio, Amém.