17 maio Rosário em família!
Sei que era mais fácil rezar o Terço em família na cultura rural do que na cidade. Eu vivi minha infância e juventude numa família católica, de agricultores, numa comunidade em que pouco influía a cultura urbana.
Mas, vivendo e exercendo o meu ministério sacerdotal há muitos anos na cidade grande, vejo que mesmo assim, se pode cultivar a fé cristã na família e rezar juntos. Conto dois fatos: uma mãe me disse que não conseguia reunir os filhos durante a semana, por causa de diferentes horários de trabalho e escola, mas que domingo à noite, às 20h, tendo ou não participado cada um da missa, reúnem-se todos, já há anos, para a leitura da Palavra proclamada na missa do dia. E, a partir da Palavra, um tempo de partilha e oração. Outra situação: atendi em confissão dois adolescentes, aqui no Santuário. Primeiro confessou uma garota de 14 anos. Fiquei impressionado pelo modo consciente e claro com que celebrou o Sacramento da Reconciliação. Depois entrou um rapaz que também fez uma confissão de pessoa de fé e bom conhecimento da sua situação de filho de Deus e pecador arrependido. Terminada a confissão, tomei a liberdade de perguntar-lhe se a menina que havia confessado antes era da sua família. “É minha irmã”, disse. Continuei a perguntar: a idade dele – 18, o que faz – trabalha de dia e está na faculdade à noite. E as perguntas principais: donde vem a sua formação cristã? “De casa, dos pais”. E como se dá essa formação? “Vamos juntos à missa aos domingos, rezamos o Terço todos os dias, minha irmã está na catequese de Crisma, eu já recebi esse Sacramento, e participo do grupo de jovens da Paróquia”. Ainda: você me disse que trabalha e estuda. A que hora vocês rezam o terço? “Eles me esperam chegar da Faculdade”.
Na minha roça, sessenta ou setenta anos atrás, isto era bem mais simples. Os pais e os filhos maiores trabalhavam na mesma propriedade, as crianças e adolescentes iam à escola de dia, e à noite todos jantavam juntos e em seguida se rezava o Terço. Mas também na cidade é possível fazer o que se tem como valor. Aqui está toda a questão. Se damos valor a Deus, à sua Palavra e à oração, encontramos um modo e um tempo para a prática da oração em família, como os exemplos citados.
Maio é o mês de Maria, que viveu sua vida familiar com José e Jesus. Em oração. Que tal revermos, neste Maio, o nosso modo de rezar em casa e de viver a vida familiar como igreja doméstica?
Vocês podem acompanhar o Terço conosco, com as famílias do Santuário (da Pastoral Familiar, do ECC, da Catequese…). Cada dia de Maio uma família diferente vai rezar o Terço on-line, pelo Facebook do ECC São Judas Tadeu, e você pode acompanhar às 20h30. Haverá também uma orientação sobre como rezar o Terço: para aprender, para meditar, e crescer na fé em Cristo. E assim, alcançar bons frutos de graça para si mesmo, para a sua família e a nossa sociedade.
Como aprender a rezar bem, com alegria e proveito, o Rosário?
Recomendo a leitura de um texto do Papa João Paulo II que você encontra facilmente na internet, sob o título: Rosarium Virginis Mariae. E proponho-me fazer um vídeo que você encontrará no Youtube do nosso Santuário a partir do dia 05 de Maio. Pois, uma das dificuldades para dar valor ao Terço é, frequentemente, a falta de conhecimento adequado sobre os diversos recursos e valores deste fabuloso método de oração bíblica, cristocêntrica e mariana.
Que o Rosário é um excelente modo de rezar, prova-o o fato de que existe há mais de 800 anos e cresce continuamente o número dos que dele tiram grande proveito. Fátima, Lourdes, Aparecida e muitos outros Santuários são centros de prática e irradiação deste modo simples e familiar de conhecer Jesus, com Maria. Experimente você também!
Pe. Cláudio Weber, scj
Rosangela Pereira
Postado em 20:27h, 22 maioSempre interessante e enriquecedor aprender e ser lembrado da importância dessa oração. Muito proveitosa e estimulante essas informações. Estou acompanhando e rezando.
Grata!
Alaises dos Santos Gimenes
Postado em 12:07h, 24 maioRezo o terço todos os dias, nasci ouvindo meus pais rezarem com meus irmãos, além disso, meus pais eram os puxadores das rezas dos padroeiros da região, fazíamos a Via sacra e todas as celebrações pascoa e Natal. Morávamos no sítio, num lugarejo, meu pai era como o padre, todos os sábados, madrugada, rezavams o ofício de Nossa Senhora, e assim criei meu filhos. Meu marido foi coroinha. Viemos de uma família muito religiosos. Rezo o terço com o padre Antônio Maria, logo após a missa de Aparecida. Que Deus seja louvado!!!