No primeiro domingo de Novembro celebramos a Solenidade de todos os Santos e Santas de Deus. Na Igreja somos chamados à santidade, como nos recorda o Concílio Vaticano II (LG n. 39), é nossa vocação fundamental, que brota do Sacramento do Batismo. É um chamado que o Senhor faz a cada um de nós: “Sede, pois, santos, porque eu sou santo” (Lv 11,45; 1 Pd 1,16). De fato, seja qual for a nossa condição ou estado de vida, somos chamados à perfeição do Pai, cada um por seu caminho (cf, LG n. 11).
A Igreja prega o mistério pascal, da paixão – morte – ressurreição de Jesus, e aqueles que sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados, são apresentados como exemplos, para que façamos o mesmo caminho de santificação. A santidade se manifesta quando seguimos o Salvador, e seu Evangelho, como Igreja, no mundo, para que todos sejam salvos. Tantos irmãos e irmãs, que nos precederam na caminhada da fé e pela sua vida de amor, nos mostram o caminho a seguir. É o amor do Pai, em Cristo, pelo Santo Espírito, que nos santifica e salva.
O Papa Francisco, na Exortação Apostólica sobre o chamado à santidade no mundo atual (Gaudete et Exsultate, n. 14, ano 2018), nos diz que “todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra.
És um consagrado ou consagrada? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação.
Estás casado? Sê santo, amando e cuidando de teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja.
És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência teu trabalho a serviço dos irmãos.
És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus.
Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais”.
Que maravilha as palavras do Santo Padre, é o nosso modo de santificar-nos com nossa vocação e missão, em nossas responsabilidades específicas. Vamos viver com amor e alegria a santidade em cada momento, em cada dia, na vida pessoal e familiar, na comunidade e no trabalho, na oração e no serviço da caridade. Que graça imensa, os santos e santas de Deus intercedam por nós.
Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo para a Região Episcopal Ipiranga