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O que é?
O Sacramento da Confirmação, conhecido também como crisma ou crismação, cujas palavras traduzem exatamente aquilo que é este Sacramento (unção com óleo) é conferida por Jesus Cristo através do Bispo, representante oficial dos Apóstolos. Esta unção transmite ao confirmado uma ação extraordinária da presença do Espírito Santo em seu ser. Desperta-lhe do mais profundo de seu interior os dons maiores do Espírito de Cristo recebidos desde o batismo. São os dons necessários para que o Cristão iniciante, tendo confirmada sua opção fundamental por Jesus e seu segmento na sua Igreja, a Igreja Católica, esteja munido de todas as condições para alcançar a maturidade da vida espiritual e desenvolver as virtudes mais altas da vida cristã.
O Sacramento da Crisma é um dos três Sacramentos da Iniciação, ou seja, para recebê-lo é preciso passar por um processo chamado catecumenato. Trata-se de um tempo de preparação onde o que pede o sacramento é instruído na santa doutrina pelos seus catequistas, faz a experiência dos ritos de iniciação bebendo da fonte da espiritualidade Cristã Católica, vive a experiência de ser comunidade e é inserido nos serviços da comunidade onde ele escolhe fazer o processo.
Após o tempo do catecumenato chega o dia em que se celebra a unção do crisma (do óleo santo). O Rito acontece em uma Celebração Eucarística (Missa), dentro do processo do Ritual de Iniciação oficial, o ideal é que se coincida com a Solenidade da Páscoa do Senhor, nos Domingos do Tempo da Páscoa ou na Solenidade de Pentecostes, porém pode ser em outra Celebração Dominical. A Celebração é presidida pelo Bispo e só ele o pode conferir este sacramento, ou um sacerdote por ele designado (em casos especiais).
O Rito acontece no momento da Celebração após as leituras, os catecúmenos (que serão crismados) são apresentados ao bispo. Normalmente o pároco administrador da paróquia ou um outro padre responsável fala do caminho que fizeram, do processo de preparação de todos os que pedem o sacramento. A comunidade e o bispo os acolhem com um gesto. Em seguida, o bispo faz a homilia (a pregação a partir dos textos proclamados da Sagradas Escrituras e alguns elementos do significado deste sacramento).
Terminada a homilia, os catecúmenos acendem suas velas no Círio Pascal (conectando este sacramento à confirmação do Batismo), e são convidados a renovar as promessas batismais realizando novamente e convictamente a profissão de Fé, reafirmando o pacto da aliança de vida entre eles, Cristo e sua Igreja. Depois segue o rito da unção crismal propriamente dito. O bispo unge a fronte do crismando com o sinal da cruz proferindo a seguinte fórmula sacramental: “Receba, por este sinal, o Dom do Espírito Santo. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. – o crismado responde: “Amém!” – Prossegue o bispo: “A paz esteja contigo!” – o crismado responde: “E contigo também”. Em seguida, continua-se os Ritos da Santa Missa normalmente.
A Celebração reveste-se de beleza e solenidade com a presença de toda a comunidade que acolhe, testemunha e é chamada a acompanhar os neófitos, ou seja, os novos cristãos que agora iniciam uma nova etapa.
Como surgiu?
Este Sacramento tem sua origem já anunciada no antigo testamento, quando a profecia sobre o Espírito do Senhor que acompanhará o Messias:
“O Espírito do Senhor esta sobre mim, porque o Senhor me ungiu, enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os quebrantados de coração e a proclamar a liberdade aos cativos, a libertação aos que estão presos, a proclamar um ano de graça ao Senhor…” (Is 61, 1-3).
Esta profecia que está no livro do profeta Isaias é a mesma que Jesus proclamou na sinagoga ao manifestar-se como o Messias. Assim, após ter feito a leitura Ele disse: “Hoje se cumpriu aos vossos ouvidos essa passagem da Escritura” (cf. Lc 4, 16-21). E conforme continua a narrativa do Evangelista Lucas, todos se admiravam com suas palavras.
O Espírito Santo, aquele que desde a criação está presente na história de Deus com a humanidade, é reconhecido pelo profeta como o “Paráclito” que significa aquele que esta junto, a favor de, em favor de, aquele que defende e responde por alguém, como um advogado. Mais ainda, Ele é o porta-voz divino, o intercessor por excelência, aquele que sempre é presença divina atuante, próximo, ao lado de…
Mais do que em qualquer pessoa, o Espírito Santo é o próprio Espírito do Senhor Jesus feito humano no meio de nós. No episódio da sua primeira pregação na sinagoga, Ele, Jesus, revela estar sob a presença e ação plena do Espírito Santo e qual é a sua missão, e depois diz que esta missão será entregue a seus discípulos ungindo-os com o próprio sopro, comunicando-lhes sua própria vida no Espírito que lhes é infundido (cf. Jo 20,22-23).
Desde a concepção de Jesus, lá está o Espírito Santo que realiza em Maria uma grande obra concedendo a ela o Filho Jesus, o Cristo, Messias e Senhor. Maria ao receber Jesus também é ungida e enviada pelo Espírito a servir Isabel anunciando a ela (símbolo de toda antiga aliança) que o Messias está para chegar (cf. Lc 1-2).
Outro momento em que se manifesta o “Paráclito” é quando Jesus se submete ao batismo do grupo de João Batista (homens que buscavam viver no deserto a radicalidade da lei, na sua essência, buscando a purificação para acolher o messias, no qual acreditavam estar próximo). Ao se submeter a esse rito, aparece um sinal do céu de confirmação que Jesus era o messias, porque ele é quem cumpre toda a profecia, sintetizada nas menções acima (cf. Mt 3,13-17; Mc 1,7-11; Lc 3,21-22).
Aparece o Espírito Santo em forma de pomba. Essa pomba é o sinal do Espírito presente no episódio do dilúvio, no Antigo Testamento (cf. Gn 6,9-8,22), sinal da renovação da aliança de Deus com as criaturas. Ela aparece no fim do dilúvio com um ramo de oliveira no bico. A pomba é o Espírito mensageiro que traz a certeza da nova vida brotando novamente.
Os ramos de oliveira são símbolos do Espírito Santo também. A oliveira é a primeira planta a dar broto depois de enchentes e duras catástrofes naturais. Ela resiste fortemente e reage primeiro que todas as outras plantas. Dela se extrai também o óleo mais precioso e mais presente em todas as culturas, o óleo de oliveira tem múltiplas propriedades: culinárias (temperos, conservação, preparação de massas entre outros), terapêuticas (no tratamento da secura da pele, das machucaduras e feridas, no alívio de dores musculares, lutadores no Gládio usavam para escapar ou aliviar o impacto de possíveis golpes nas lutas etc..), combustível (para manter as lamparinas acesas), até cosméticas (se usava como perfume, como amaciante dos cabelos e barbas, como hidratante para a pele, como higienizador…).
Como se nota, são propriedades muito similares ao que o Espírito Santo realiza naquele que o recebe: proteção, cura, alívio, força, resistência, combustível, conservação… Ou seja, exatamente o que o Espírito Santo realiza em Jesus, N’Ele e por Ele, e o que também deseja realizar naquele que o recebe pelo Sacramento da Crisma (cf. Mt 3; Lc 3, 15-16.21-22).
Jesus não ungiu ninguém com óleo, pois ele é o óleo, o balsamo de oliveira mais precioso que nos é comunicado pelo seu próprio Espírito Santo ao qual nos entregou pelos Mistérios de sua Vida, Paixão, Morte e Ressurreição, através dos apóstolos e da sua Igreja (cf. Mt 10,19; Lc 12,12).
Jesus nos comunicou o Espírito Santo, Ele soprou sobre os Apóstolos conferindo-lhes o seu poder de também comunicarem o mesmo Espírito aos que os sucederem, no caso, os Bispos. Os Bispos transmitem o mesmo sopro, quando na Quinta-Feira Santa pela manhã consagram o óleo do Crisma. Eles sopram sobre este óleo que se torna então o óleo que comunica o sopro da manifestação do Espírito Santo pela unção, infundindo os sete dons no coração e na vida por inteira dos que recebem o Sacramento da Crisma (cf. Jo 20,19-23).
No início da Igreja este Sacramento era recebido juntamente ao Batismo e a Eucaristia, pois a maioria dos que se tornavam cristãos eram adultos. Com o passar dos séculos, a medida que o sacramento do Batismo passou a ser ministrado mais às crianças, configurando uma prática sacramental que acompanha a fase da vida dos cristãos, ele foi se desvinculando mais para o período em que o cristão, ao passar para a idade adulta, decide confirmar sua adesão à Fé Cristã recebida na infância, e conclui o processo de iniciação cristã passando à vida adulta na Fé.
Atualmente, se verifica um retorno da prática primitiva sacramental com número crescente de adultos que aderem à vida Cristã mais tardiamente. O ideal é que o jovem ou o adolescente que irá receber este sacramento, passe por um processo do catecumenato (catequese de iniciação). Mesmo se já batizado quando criança, um processo sério de catecumenato (catequese) auxiliará na averiguação de sua maturidade em tomar decisões mais definitivas da vida adulta, a fim de corresponder à responsabilidade que este sacramento lhe imputa e exige. Pois a partir dele, o jovem se torna, de fato e direito membro ativo e efetivo da vida da Igreja.
Quem pode recebê-lo?
Todas as pessoas que desejarem e passarem pelo processo de iniciação cristã (o catecumenato/catequese) e que receberam o Sacramento do Batismo. A modalidade do catecumenato atualmente varia muito de comunidade paroquial para comunidade paroquial e entre dioceses. Contudo, trata-se de um tempo necessário para que o crismando faça um itinerário preparatório sério com uma autêntica experiência de Fé Cristã. Tenha contato com os Ritos, a Doutrina, os serviços da Igreja, experiências de comunidade fraterna e de vivência da caridade.
Crisma no Santuário
Temos o catecumenato (catequese) voltado para os adultos e outro voltado aos jovens e adolescentes. Para mais informações envie um e-mail para a secretaria de pastoral: saojudas@saojudas.org.br
Aprofundamento
Para se aprofundar mais sobre este sacramento acesse os sites abaixo:
Código de Direito Canônico §879-896